terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Meu ribeirão é mais bonito – Gerson Amaro

Ontem foi dia de visitar este lugar especial em meu coração , Sitio Santa Barbara , Bairro Ribeirão Bonito ai escrevi esta moda na cabeça que pude hoje colocar no papel ...

Meu ribeirão é mais bonito – Gerson Amaro

Um belo dia ocê também imaginou
Aquela paz que sua alma já conhece
Eu acredito no céu de meu Salvador
Então eu creio que minha alma não esquece
E quando vejo um lugar aqui na terra
Que faz então a minha alma relembrar
Ali eu fico bem quietinho na espera
Sentindo a brisa em meu rosto a tocar

Esse lugar que eu te conto é bonito
Até seu nome leva então este legado
O ribeirão que sobre a ponte é escondido
Na minha moda é descoberto e alembrado
Pequeno bairro de minha Gralha querida
Minha cidade que eu amo com amor
Se minha cidade fosse o céu por merecida
Lá no bonito era a morada do Senhor

O Nosso sitio tem até nome de Santa
A nossa casa tem tem na porta uma cruz
Nossa Senhora em nossa sala se adianta
E trás no colo o seu menino Jesus
Lá na cozinha a santa ceia pendurada
São Benedito toma seu café quentinho
Na penteadeira tem a família sagrada
Na maçaneta , um terço feito com carinho

Nosso silencio é um barulho adorado
O canarinho é sempre livre da prisão
A nossa paz não carece de advogado
A liberdade se encontra em seu coração
Aqui a gente volta ao céu por um instante
Aqui a gente mora com a felicidade
Meu Ribeirão é mais Bonito e importante
Como é lindo viver na simplicidade

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Poeta Pirangueiro - Gerson Amaro

Poeta Pirangueiro - Gerson Amaro


Quando escrevo estou em uma pescaria
Onde minha alegria é querer sempre rimar
Eu pesco sempre as vogais e consoantes
Juro que não pesquei antes , pois não sabia pescar
A pescaria sempre é farta que beleza
Pesco sempre na certeza , tenho poço pra cuidar
Esse meu poço , esta cevado não se esqueça
O meu poço é minha cabeça , que não para de pensar


Sou pirangueiro de versos e poesias
Verdades e ousadias , que me fazem viajar
Quando escrevo eu viajo deste mundo
Entro em transe profundo e nem quero acordar
A minha caneta é feito vara , um caniço
Nunca foi o meu serviço , rimo só para descansar
Estou num barco , rumo a eternidade
Um dia serei saudade , farei parte então do mar


A minha isca sempre foi o meu sorriso
As vezes eu improviso , deixo a vida me levar
Também eu pesco com abraço e emoção
Uso até meu coração , isca boa de usar
Sejam bem vindo , o picuá está bem cheio
Tem amigos pelo meio que até gostam de cantar
A pescaria está completa , outra vez
Três estrofes pra vocês , que me ajudam a pescar

Ultimo pedido (Gerson Amaro)

Ultimo pedido (Gerson Amaro)


Hoje é o dia de então pegar as roupas
A minha mala fica cheia novamente
Do mesmo jeito que entrei naquela porta
Saio e não tem mais volta , estou solteiro novamente
Então eu saio e não vou pedir desculpas
Nem que me peça , aqui não vou mais voltar
Pois na verdade , me julgou sem ser culpado
Mesmo se eu fiz errado , foi querendo acertar


Hoje eu saio de cabeça bem erguida
Pois eu confesso que jamais fui infiel
Eu jurei sempre contigo amor eterno
Mas preferiu o inferno , e não dar valor ao céu
Quando eu sair bato a porta pra você
Pois eu não quero que veja mais esta dor
Alias deixo este ultimo pedido
Se não tiver me esquecido , me esqueça por favor

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A centenária Gerson Amaro

A centenária Gerson Amaro


Eu caminhava pelo bosque da cidade
Escondendo umas verdades que não quis acreditar
E de repente avistei a a minha frente
O que um vento inconsequente veio hoje derrubar
Uma paineira linda e quase centenária
Que vivia solitária o vento a derrubou
Fiquei tão triste com este acontecido
Seu tronco já corrompido , o seu dia então chegou

Aquela arvore tão bela lá caída
Era um fim de uma vida e também de sua dor
Já muito velha , com galhos apodrecendo
Ela estava já morrendo , assim como meu amor
Feito a arvore meu coração morria
Pois a tempo eu padecia , pelo fim de uma paixão
Mas o meu vento foi a fata de carinho
Este foi o meu espinho , que cravou meu coração

Todos os dias eu tenho por lá passado
Vejo seu tronco cortado e a saudade já me vem
Pois quantas vezes à sobra da companheira
E e mais minha parceira , nos chamávamos de bem
Mas também hoje estou com meu tronco cortado
Coração despedaçado ,sem raiz , nada sobrou
A centenária tão bela não volta mais
Meu amor também jamais ...
... depois que ela me abandonou






Pra sempre na Terra Gerson Amaro

No ventre da terra - Gerson Amaro


Poeira que gruda , no suor de meu rosto
Me prova que estou , alerta em meu posto
Eu sou um guerreiro , e assim eu serei
Que tem seu trabalho , Assim eu batalho , assim me criei


Sou gladiador , do campo e do mato
Sou filho da roça , matuto arrojado
Aquele que lida , com a lida do campo
Que vence a barreira , que é firme aroeira e um doce acalanto

Na terra eu busco , todo meu passado
Que hoje é presente , futuro adorado
A terra é minha fonte , de todo desejo
Que seja infinita , por toda minha vida , tudo que almejo

Um dia ao pó , eu ei de voltar
Já sem meu suor , já sem trabalhar
Então ao descanso , que tanto me espera
Será minha morada , o fim da jornada , no ventre da terra

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Simples Amantes ( Gerson Amaro)

Simples Amantes ( Gerson Amaro)

Quem foi que disse ?
Que a terra é redonda
Que sol toda tarde
Talvez não se esconda
Que a terra gira
Perante o sol
Talvez eu não veja
Nem meu girassol
Pois ele acompanha
O seu movimento
Toda vez que passa
Me perco em seu tempo
Talvez então seja
O sol da minha vida
O amor girando
Paixão tão sofrida
Que seja o sol
Que eu seja a lua
Encontro de amor
E o céu continua
Que a terra pare
Olhando pra gente
Um simples amor
Amor inocente
Mesmo que um momento
Mesmo que um instante
Eclipse total , dois meros amantes

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Essência da Vida ( Gerson Amaro)



Essência da Vida ( Gerson Amaro)



Sou forte sou vento
Não sou tempestade
Quentura de um sol
Calor que não arde
Sou água, sou fogo
Sou mar , sou vulcão
A chuva da calma
Um som de trovão
Sou grito de onça
Sou presa assustada
Eu sou pirilampo
Sou noite estrelada
Animal perdido
Sem doma sem medo
Sou ave sou frágil
Sou duro rochedo
Sou simples matuto
Sou cabo de enxada
Sou calo doido
Sou beira de estrada
Sou simples menino
Eu sou pé no chão
Sou velho , sou ruga
Sou escravidão
Sou passo e caminho
Sou pó sou poeira
Eu sou o eitão , sou porteira
Sou chapéu de palha
Suor escorrido
Sou a rio sou riacho
Lambari escondido
Sou aquele ninho
Sou cria parida
O primeiro voo
Sou roça sou lida
Sou a natureza
Em forma humana
Sou feito do mato
A brisa que emana
O cheiro da roça ....
O cheiro da flor ...
A essência da vida ...
É sempre o amor

Essência da Vida ( Gerson Amaro)

Essência da Vida ( Gerson Amaro)

Sou forte sou vento
Não sou tempestade
Quentura de um sol
Calor que não arde
Sou água, sou fogo
Sou mar , sou vulcão
A chuva da calma
Um som de trovão
Sou grito de onça
Sou presa assustada
Eu sou pirilampo
Sou noite estrelada
Animal perdido
Sem doma sem medo
Sou ave sou frágil
Sou forte rochedo
Sou a natureza
Em forma humana
Sou feito do mato
A brisa que emana
O cheiro do roça ....
O cheiro da flor ...
A essência da vida ...
É sempre o amor

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A VERDADE EMBUTIDA NOS VERSO ( GERSON AMARO)

A VERDADE EMBUTIDA NOS VERSO ( GERSON AMARO)


EU NÃO SOU CONTRA NADA MODERNO
TAMBEM NÃO SOU CONTRA O PROGRESSO
ESSE MUNDO GIRA E FAZ TEMPO
MAS NA MODA EU SEMPRE CONVERSO
UMA COISA NÃO MUDA A OUTRA
E O CONTRÁRIO É SEMPRE O INVERSO
SOU FAVOR É DA SIMPLICIDADE
E A VERDADE EMBUTIDA NOS VERSO


INVENTARAM O TAL CELULAR
SE É ERRADO AGORA EU CONCERTO
EU ENTENDO SUA SERVENTIA
SOU POETA E SEMPRE DISERTO
CELULAR É PROGRESSO DA GENTE
MAS AS VEZES EU NÃO ACHO CERTO
ELE JUNTA PESSOAS LÁ LONGE
MAS AFASTA QUEM ESTÁ POR PERTO


EU NÃO SOU CONTRA NADA MODERNO
TAMBEM NÃO SOU CONTRA O PROGRESSO
ESSE MUNDO GIRA E FAZ TEMPO
MAS NA MODA EU SEMPRE CONVERSO
UMA COISA NÃO MUDA A OUTRA
E O CONTRÁRIO É SEMPRE O INVERSO
SOU FAVOR É DA SIMPLICIDADE
E A VERDADE EMBUTIDA NOS VERSO


INVENTARAM O COMPUTADOR
O MUNDO FICOU TÃO BOQUIABERTO
UMA MENTE HUMANA NA CAIXA
UM PUNHADO DE FIO TÃO ESPERTO
MAS ALI NÃO EXISTE ESPERTEZA
QUANDO ACABA A ENERGIA É DESERTO
QUANDO MEU LAPIS QUEBRA A PONTA
O CANIVETE ESTA SEMPRE POR PERTO


EU NÃO SOU CONTRA NADA MODERNO
TAMBEM NÃO SOU CONTRA O PROGRESSO
ESSE MUNDO GIRA E FAZ TEMPO
MAS NA MODA EU SEMPRE CONVERSO
UMA COISA NÃO MUDA A OUTRA
E O CONTRÁRIO É SEMPRE O INVERSO
SOU FAVOR É DA SIMPLICIDADE
E A VERDADE EMBUTIDA NOS VERSO


INTERNET E COISA DE LOUCO
É MUNDO SEM PORTEIRA E ABERTO
CELULAR OU O COMPUTADOR
SEM ELA , TEM FUTURO INCERTO
MAS NA ROÇA EU VIVO SEM ELA
O MEU MUNDO NÃO FOI DESCOBERTO
O WI FI NA ROÇA É SÓ DEUS
SEU SINAL ESTÁ SEMPRE POR PERTO


EU NÃO SOU CONTRA NADA MODERNO
TAMBEM NÃO SOU CONTRA O PROGRESSO
ESSE MUNDO GIRA E FAZ TEMPO
MAS NA MODA EU SEMPRE CONVERSO
UMA COISA NÃO MUDA A OUTRA
E O CONTRÁRIO É SEMPRE O INVERSO
SOU FAVOR É DA SIMPLICIDADE
E A VERDADE EMBUTIDA NOS VERSO



quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Esquecer de alembrar ( Gerson Amaro)

Esquecer de alembrar ( Gerson Amaro)

Amigo não precisa me dizer
Eu sei que o boteco vai fechar
Amigo vai arrumando as mesas
Deixa essa aqui por ultimo, não precisa me lembrar

Amigo hoje quero esquecer
Aquela que não vai mais me amar
Amigo trás logo a saideira é a ultima cerveja
Que eu tomo neste bar

De agora em diante
Eu só tomo cachaça
Para o mal que eu tenho
Cerveja é pouco e não basta
Trás um litro pra mim
Pode fechar o bar
Eu só volto aqui , quando eu conseguir
Esquecer de alembrar

domingo, 3 de dezembro de 2017

ali mais eu



Ali mais eu ... Gerson Amaro

Eu pensando em minha vida
Caminhando pela rua
De acompanho a escuridão
E a vitória do brilho da lua
De repente avistei
Um papel e sua dor
Um dinheiro sujo e amassado
Mesmo assim tinha o seu valor

Procurei então seu dono
Por todo o meu caminho
O dinheiro então dentro do bolso
Eu não estava mais lá sozinho
Fui pra casa então dormir
Logo o dia amanheceu
Peguei o meu carro e a estrada
O dinheiro estava ali mais eu

Mas ao longe então eu vi
Na beira do acostamento
Um pobre homem ali jogado
Sofrendo em todo seu momento
Sua alma tinha sede
Tinha fome de esperança
Eu então acolhi este homem
Recebi bondade de herança

Um posto pela estrada
Uma marmita eu comprei
O pobre então comia rindo
Foi então que eu ali chorei
Um abraço e até logo
Uma benção ele me deu
Todo sujo mas abençoado
Nem ligou que era somente eu

Então foi que eu lembrei
Do dinheiro amassado
Não perdeu nunca o seu valor
Mesmo sem sorte no seu passado
Deus então me ensinou
Me dizendo bem assim
Toda vez que um pobre ajudar
Certeza que você faz por mim

Dizem que Jesus um dia
Nesta terra vai voltar
Acho que Ele volta todo dia
Só pra ver que vai o ajudar
Obrigado meu amigo
Pelo abraço que me deu
Agora irmão tenho certeza
Jesus Cristo estava ali mais eu

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Entre a semente e a flor ( Gerson Amaro )



Entre a semente e a flor ( Gerson Amaro )

Espero com minha certeza
Que a natureza me traga uma flor
Que seja livre de espinhos
Pois eu quero um ninho, que não cause dor
Que seja raiz tão profunda
Que na terra afunda, plantando o amor
Que seja um fruto especial
Que seja o normal ,não ter amargor


Então aguardo paciente
A simples semente do agricultor
Pois quem espera sempre alcança
É a esperança de um sonhador
Que Deus então plante pra mim
Um imenso jardim , onde a fé é a cor
A paciência é o meu embalo
O meu intervalo , entre a semente e a flor

terça-feira, 28 de novembro de 2017

HERDEIROS NA IGUALDADE Gerson amaro

HERDEIROS NA IGUALDADE
Gerson amaro


Eu conto agora um causo muito famoso
Me sinto bem orgulhoso por contar esta verdade
Eu conto a historia de uma morte bem sentida
A passagem de uma vida , rumo a eternidade
Um fazendeiro por muitos bem respeitado
Me sinto emocionado de falar desta saudade
Era um exemplo , pra ser sempre bem seguido
Era mais que um amigo pela sua lealdade


O Fazendeiro amigo de todo mundo
Tinha um amor bem profundo pelas sua propriedade
Na propriedade ele morava com a família
Sua esposa Dona Emilia e seus filhos na igualdade
Mas o dois filhos mesma fé e mesma crença ,
Tinham uma diferença sobre então a sociedade
Filho mais velho com sangue de fazendeiro
O mais novo era um guerreiro ,adotado na cidade


Logo depois de o velório acontecido
Um dia mais que sofrido com a sua intensidade
Filho mais velho e de sangue disse então
"Quero nesta ocasião ,dizer logo minha vontade
Como sou filho de sangue e o primeiro
Me sinto maior herdeiro quero as duas metades
Pois o mais novo , mesmo sendo meu irmão
Sempre foi de criação , não de sangue de verdade"


Foi a surpresa quando disse este recado
E talvez traumatizado , não pensou que era maldade
E o mais novo a cabeça então baixou
E foi então que chorou , por esta infelicidade
Mas na porteira chegava , de terno claro
Em um luxuoso carro uma grande autoridade
Então dizia "Eu tenho aqui um documento"
Na sua mão um testamento , dentro da legalidade


No testamento dizia assim escrito
"Meus filhos eu acredito , no céu e na Santidade
Esses meus filhos são iguais filhos de sangue
Espero que não se zangue , mas uso a sinceridade
O mesmo sangue que derramou lá na cruz
O sangue de meu Jesus foi por toda a humanidade
Se somos filhos de um só Pai então divido


Os meus dois filhos querido . são herdeiros na igualdade "

Vestido Amarelo Gerson Amaro

Vestido Amarelo
Gerson Amaro

Ela foi chegando , como chega a lua
A noite era sua e o brilho era dela
O céu se abriu , para o seu bailado
Sempre apaixonado, olhei para ela
Vestia um vestido ,que marcou pra mim
Feito de cetim e sua cor amarela
Vestido amarelo e seu cabelo loiro
Bem mais que um tesouro ,que imagem tão bela


Vestido amarelo , amor feito ouro
Bem mais que um tesouro , te quero pra mim
Seu brilho é eterno e pra mim continua
Nem o sol e lua brilha tanto assim

Sonho de Sertão Gerson Amaro

Sonho de Sertão
Gerson Amaro

Eu acordei ,hoje com minha saudade
Um sonho, quase verdade, eu então me emocionei
Pois quem não chora, de lembrar-se de um passado
Neste sonho emocionado, foi assim que eu chorei
Mesmo dormindo, me sentia acordado
Com meus pais bem do meu lado, no sertão que eu deixei
Na mesma casa, casa velha de madeira
Na entrada uma porteira, no mourão que coloquei

E neste sonho meu papai estava contente
Bem ali na minha frente, me chamou para prosear
A minha mãe, na cozinha preparava
A comida que eu gostava, um franguinho ia assar
Na nossa prosa, o meu pai me perguntava
Como é que eu estava, se podia me ajudar
Então eu disse, “Meu papai juro eu queria
Viver nesta alegria, e pra sempre ser meu lar “

Meu papaizinho, meio que desconfiado
A conversa pois de lado e a viola foi buscar
E neste sonho meu papai tocou um pouco
Moda Sonho de Caboclo do amigo Ademar
Após a moda e o almoço de um franguinho
O meu querido velhinho ,com minha mãe veio falar
“Filho querido , mesmo que seja um sonho
Eu aqui já lhe proponho com a gente vir morar “

Ainda eu moro ,na cidade, bem distante
De tudo que é importante, vivo só na solidão
Quando eu durmo eu sonho a felicidade,
Até mato a saudade, dentro do meu coração
Mas quando acordo já me vem o desespero
E começa o pesadelo, a cidade é ilusão
Um dia acordo , pai e mãe já me aguarde
Vai ser minha realidade , o meu sonho de sertão

Menino e Destino Gerson Amaro

Menino e Destino
Gerson Amaro

O tempo passou não sou mais menino
Hoje meu destino é o meu presente
É tudo que tenho , na minha estrada
Sigo a jornada , vivendo somente
Se o meu passado não volta jamais
Não olho pra traz , nem olho pra frente
O tempo que quero , e hoje é agora
Pois não me demora , o futuro ausente

Meus cabelos brancos , medalhas da vida
É flor envolvida , num imenso jardim
As minhas medalhas , refletem a verdade
A flor da idade , são rugas enfim
Minhas mãos pintadas , são mãos de caboclo
O sol , pouco a pouco as deixou assim
As mãos que escrevem , são minha enxadas
Letras bem rimadas , são versos sem fim

Olho para o céu , então imagino
Menino e Destino , segurando a mão
Num breve passeio , proseiam bastante
Passeio importante , pra inspiração
O céu do poeta é farto é imenso
E muito propenso pra imaginação
Que o céu , seja o agora e sempre bonito
Feito o infinito , em minha canção

Entre o Rio e o Mar Gerson Amaro

Entre o Rio e o Mar
Gerson Amaro

Hoje eu decido a minha partida
E a minha escolhida entre o rio e o mar
No rio me espera e ainda impera
A minha quimera que ouso sonhar
Mas o oceano me guarda também
No mar tem alguém que quer me alegrar
Então olho firme para o horizonte
Quem quer que eu conte, quem vai me levar ?

Sua correnteza me faz bem mais forte
Não conto com a sorte o rio faz nadar
Pois quando atravesso sua correnteza
Se tem na certeza a nascente é seu lar
Nascente do rio é uma água tão mansa
O rio é criança , e quer sempre brincar
Também sou criança e lá quero viver
Quem eu vou escolher entre o rio e o mar ?

O mar é imenso , é forte grandeza
Tão grande a beleza , que me faz pensar 
Suas ondas chegam e se quebram na areia
Mas feito sereias se voltam ao mar
Assim é minha lida que sempre se volta
Abrindo as portas pra recomeçar
Hoje eu decido minha entre minha querida 
Qual minha escolhida entre a rio e o mar?

Então eu escolho com muita esperteza
Minha natureza é nunca separar
Mas quem muito escolhe acaba escolhido
Meu peito querido resolveu falar
Lá no amazonas meu peito se encanta 
Minha voz hoje canta pro meu alegrar
Velha Pororoca no final poe um ponto
Escolho o encontro entre o rio e o mar .

Lenço Querido Gerson Amaro

Lenço Querido
Gerson Amaro

Saio bem cedo junto com minha saudade
A minha felicidade eu agora vou buscar
Procuro risos ,alegrias e bonanças
Busco as minhas lembranças ,hoje quero recordar
Chego no sitio já escuto o silencio
Então busco um velho lenço para lagrimas secar
Os passarinhos cantam em primeira voz
Parecem cantar por nós , e o silencio enfeitar

Vejo bem simples , a casinha de madeira
Minha saudade é inteira então tive que entrar
Aquele piso feito de terra batida
Quantas vezes nesta vida , ali pude então pisar
Lá na cozinha vi meu velho companheiro
Fogão de lenha vermelho que tinha pra cozinhar
A sua taipa nos esquentava no frio
Hoje o casebre vazio ,faz meu lenço funcionar

Então procuro quase como um tesouro
Vale mais que todo ouro nesta terra a reluzar
Uma enxada , velha toda enferrujada
Minha mente já cansada , hoje quer lhe encontrar
Quando encontro , é um encontro esperado
Pois me vejo no passado com meu pai a trabalhar
Então eu busco o meu lenço já molhado
Meu olhar já ordenhado , seu trabalho é enxugar

Este meu lenço também tem a sua historia
Tem em sua trajetória , muito a me igualar
Um simples lenço comprado lá na cidade
Presente na mocidade , que hoje eu fui achar
Como este lenço eu também vim da cidade
Hoje com a minha saudade , resolvi aqui voltar
Lenço querido se hoje esta bem molhado
É graças ao meu passado ,meu presente é chorar

A flor do Ipê Gerson Amaro

A flor do Ipê
Gerson Amaro

Será que já percebeu?
O Ipê que Deus nos deu
Que nos dá uma lição ?
Uma arvore tão forte
Quando seca lembra a morte
Mas floreia vida então
Assim deve ser o amor 
Que deve brotar uma flor
Na seca do coração
Pois o Ipê assim floresce
Nos galhos secos aparece
A flor da ressurreição

Então faça como o Ipê
Deixa a vida renascer
E brotar no peito seu
Quero ser o beija flor
Que vai beijar este amor
Que em mim então nasceu
Faça como Deus bendito 
Que no amor infinito 
Por amor nos concebeu
Seja como a flor do ipê 
E antes do amor morrer
Floreie nos braços meus

Relicário Gerson Amaro

Relicário
Gerson Amaro

Procurei no dicionário
O que era relicário
Tive minha explicação
Onde se guarda um tesouro
Algo lindo feito ouro
Ou a fé da multidão
Então percebo agora
Juro por Nossa Senhora
Me enchi de emoção
Assim chamo este meu peito
Pois esconde e não tem jeito Seu nome em meu coração


O seu nome está guardado
Em meu peito foi fechado
Só agora entendi
A palavra complicada
Num papel escrevinhada
Que num bilhetinho eu li
Hoje minha alegria
É lembrar de minha Maria
Que na igreja conheci
O meu peito é um relicário ,
Feito Jesus num sacrário , De amor eu te escondi

Herança Perfeita Gerson Amaro

Herança Perfeita
Gerson Amaro

A bolsa se rompe, cadê a parteira?
A nhá benzedeira já mandei buscar
Foi ela que trouxe ao mundo meus filhos
Ela fez os brilhos, e a luz despontar
Mandei o mais velho , num quarto de milha
A minha família ele já foi chamar
Pois hoje então nasce um ventre expira
Vem mais um caipira pra me inspirar

Tesoura no fogo , um cordão cortado
Foi já separado , não pode voltar
Eu ouço um choro , querendo um sustento
É só um momento já vai se acalmar
Bem vindo meu filho bem vindo menino
Que Deus , seu destino ,venha abençoar
Lhe mostro a roça , sua nova morada
Família aumentada , alegria no ar


Olho pro horizonte, e vejo seu mundo
Um solo fecundo , pra sonhos plantar
Nasceu nesta terra , toda sua família
E nela quem trilha , já quer trabalhar
Meu filho querido , a terra lhe espera
A minha quimera , que ousei sonhar
Meu sonho perfeito,a muito sonhado
Meu aprendizado quero lhe ensinar

Já tem um bezerro , presente ganhado
Seu Vô Eduardo , quis cedo mandar
Assim que começa , a sua historia
A sua vitoria , está pra começar
Que seja na roça , no mato e no campo
Seja o seu recanto e seu caminhar
O nosso legado é herança perfeita
É sua colheita pra se eternizar

Jardineira do Passado - Gerson Amaro

Jardineira do Passado - Gerson Amaro 

Quem é que aqui, quer ser o meu convidado
Viajar para o passado , com um simples verso meu ?
Quem que acredita , que só com o pensamento 
Podemos num só momento , estar mais perto de Deus ?
Eu acredito que Deus é simplicidade 
Por isso temos saudade, de tudo que já passou 
Pegue carona , nesta minha Jardineira 
Já passamos na porteira , a viagem começou 

Nossa viagem já começa diferente 
Avistando em nossa frente , um belo carro de boi 
Carro bem simples , se completa por inteiro 
Sua metade é o carreiro , um herói que já se foi 
O seu gemido , entra pela nossa mente 
O cocão esta presente , o passado me voltou
Mas segue em frente , nossa linda Jardineira 
Que viajem de primeira , a gente organizou 

Uma parada quase que obrigatória 
Se não esta linda historia . não podia continuar
Uma tapera , feita de barro ajuntado 
A palha faz seu telhado , um caipira a esperar 
Um cafezinho colocado em uma mesa 
Simples com sua beleza , uma prosa se formou 
A jardineira já nos chama na estrada 
A prosa já proseada , a viajem retornou 

Olha que verde com o branco misturado
O café esta florado , coisa linda de se ver
Bicho da seda , com seus ranchos e amoras
Não quero mais ir embora , quero aqui então viver
Que coisa linda esta sendo a viagem
Não esqueço as imagem , que o caipira aqui sonhou
A jardineira segue firme o seu destino
Eu me sinto um menino , que nunca desembarcou

Vejo o sol , na montanha se escondendo
Noite vai aparecendo , para lua se amostrar 
Quantas estrelas neste céu limpo aparece 
E a gente até se esquece , que veio pra passear
Então na volta , voltamos pra realidade 
Como eu disse a Saudade , temos do que já passou 
Eu na cidade , sonhei com a Jardineira 
E de volta a porteira , o caipira acordou

Onde estou - Gerson amaro



Onde estou - Gerson amaro

Um colchão de palha , cama de forquilha
Toda minha família assim descansou
De terra batida , era o chão da casa
Um ferro a brasa ,o passado passou
A simples moringa , com água de mina
Uma lamparina , sempre clareou
As noites escuras , de um céu cravejado
Um belo retrato que o mestre pintou

Um fogão a lenha , a lenha cortada
Tudo ajuntada o papai que cortou
A mamãe fazia , comida ali mesmo
Fazia torresmo ,que a banha fritou
A carne de lata , sabor de verdade
A minha vontade , o sabor me voltou
O cheiro gostoso , da simplicidade
Eterna saudade , que o tempo lembrou

Olhando o presente , e o mundo de agora
Não vejo melhora , o mundo piorou
É que aqui na roça eu busco qualidade
Nunca a quantidade um caipira formou
Eu sou diplomado , Um Doutor Caipira
Que tudo inspira , e a vida rimou
Quem quiser saber , sobre a minha lida
A estrada da vida , te leva onde eu estou

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Ta aqui comigo Gerson Amaro


Ta aqui comigo Gerson Amaro

Você não me entende
Não me compreende
Diz que sou errado
Vivo acompanhado
Diz que eu não presto
Que não sou honesto
Vivo pelo bar

Você me esquece
Diz que não conhece
Um jeito de lembrar
De não me amar
Diz que eu não to sozinho
Vivo de amorzinho
Cantando no bar

É que você não entende
O que eu to passando
A situação, só ta piorando
É que você não entende
Que eu não to amando
Eu to é sozinho , Já faz mais de ano
É que você não entende
Só to desabafando
Até o cupido ta aqui comigo
No bar me acompanhando

sábado, 18 de novembro de 2017

Resgate de Anjos ( Gerson Amaro)

Resgate de Anjos ( Gerson Amaro)


Quem me conhece sabe que é costumeiro
Falar sempre do bombeiro eu também elogiar
São os heróis que habitam minha infância
Me trazendo a esperança, vem sempre pra me salvar
Hoje eu conto uma historia nesta moda
E claro que ninguém poda o meu jeito de pensar
Existem anjos nesta terra espalhados
São anjos que estão fardados, só querendo ajudar


Uma chamada , só mais uma ocorrência
Sabe que é coerência de quem vive pra servir
Um grande incêndio com a chama apagada
Como sempre sua jornada , jamais pensam em desistir
Mas um espinho aguardava numa estrada
Em uma curva malvada , fez o caminho ruir
O caminhão , saiu da pista capotando
Num ipê foi encostando ate nosso resgate vir


Os três heróis os três bombeiros lá ficaram
Machucados aguardaram o resgate então chegar
Só um milagre , pois foi forte acidente
Daqueles que sempre a gente logo faz preocupar
Hoje confesso que não tinha esperança
Mas claro que a bonança veio logo me avisar
Os meus amigos só com poucos ferimentos
Amigo neste momento , eu comecei a chorar


Mas um detalhe chamava a atenção ,
Na frente do caminhão , uma imagem a destacar
Uma imagem de Jesus Cristo Querido
Em um lindo adesivo , sem o seu vidro a quebrar
Este milagre nesta moda confirmou
Que Deus sempre nos mandou ,anjos pra nos salvar
O caminhão ganhado lá do estrangeiro
Hoje ainda é bombeiro , quiseram lhes restaurar

terça-feira, 14 de novembro de 2017

SAINDO PELO LADRÃO GERSON AMARO

SAINDO PELO LADRÃO GERSON AMARO 

Meu pagode assim começa
Fazendo reclamação
O povo do meu pais
Não quer mais corrupção
O congresso ta lotado
De pura má intenção
Tem ministro e deputado
Tem gatuno no senado
Saindo pelo ladrão

Meu pais é coisa séria
Não é de enganação
É quase um continente
É mais que uma nação
É o mundo misturado
Em forma de coração
Parece um queijo furado
Tem rato por todo lado
Saindo pelo ladrão
 
Tem dinheiro até na mala
Escondido na mansão
Tem sitio que é do amigo
Tem droga no avião
Tem até apartamento
Reformado de patrão
Presidente e magistrado
Distribuindo agrado
Saindo pelo ladrão

O meu voto foi votado
Não foi vendido irmão
Quem troca voto por pinga
Por dinheiro e indicação
Faz parte desta quadrilha
É “sem” anos de perdão
Se seu voto foi comprado
Você é do do mesmo saco
Saindo pelo ladrão

Meu pagode se acaba
Mas não a decepção
Mais um ano aproxima
Vem mais uma eleição
Ta cheio de candidato
Querendo a sua porção
Seremos os derrotados
Brasil tem ladrão safado
Saindo pelo ladrão 

Corre Corre Gerson Amaro

Corre Corre
Gerson Amaro

Já tive sorte na vida
Mas também já tive azar
O brilho que tem o ouro
Eu já pude admirar
Já cantei lá em Barretos
Já cantei em mesa de bar
Eu canto queira ou não queira
Amigo toda estrela
Tem o direito de brilhar

Eu já morei em mansão
E já morei em barraco
Já fui menino bem forte
Hoje sou velho e mais fraco
Trabalho na honestidade
Nunca fui um puxa saco
Ditado que considero
Amigo sei que sou velho
Mas nunca fui velhaco

Eu já fui filho do mundo
Hoje sou filho de Deus
O mundo não me apetece
Não sonha os sonhos meus
Quem sonha sonho sozinho
Sozinho não aconteceu
Quem sonha junto amigo
Sonha junto aqui comigo
O sonho que Deus me deu


Faço pagode ligeiro
Faço moda pra cantar
Eu faço cateretê
E catira pra dançar
Eu já fiz mais de mil modas
Mas tive que começar
Quem espera um dia morre
A vida é um corre corre
Mas eu ando devagar

sábado, 11 de novembro de 2017

Zero a Zero ( Gerson Amaro - Oswaldo Brito )

Zero a Zero ( Gerson Amaro - Oswaldo Brito )


Conheci uma morena
Com seu pai muito severo
Minha filha só se casa
Só do jeito que eu quero
Não quero um pobretão
Eu mando e não espero
Tem que ser bom fazendeiro
Ser doutor e ter dinheiro
Nem precisa ser sincero

Não desisto da labuta
Esperteza eu considero
Sujeito que é mandão
Amizade eu não prospero
Um pai que tem uma filha
E não trata com esmero
Não merece a verdade
Pois trato na igualdade
Só caboclo que eu venero

Encontrei com o pai dela
Tratei por nome de Homero
Eu disse “Sou um doutor
No trabalho eu opero
Meu trabalho é famoso
Aqui eu não exagero
Eu me encaixo no pedido
Tenho terra aqui comigo
Na moda eu delibero “

O pai chamou sua filha
“Eu achei já quem eu quero
Vai casar hoje na igreja
Toda festa eu remunero
Pode matar uma vaca
Um churrasco eu libero
Convida a cidade inteira
Vai ser festa de primeira
Com pagode e bolero


Casamento aconteceu
Minha historia eu tempero
Nunca fui um fazendeiro
Não sou rico e eu nem quero
Sou doutor na minha roça
Só a terra que eu opero
Sua filha agora é minha
Será a minha rainha
Da roça e do meu castelo


Eu só fiz o que pediu
No final eu reintero
Deixou claro pra morena
Se quiser eu enumero
Queria rico e doutor
Mas ficou no zero a zero
Disse que não importava
Se se sua filha se casava
Mesmo não sendo sincero

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Natal na Eternidade ( Gerson Amaro)





Natal na Eternidade ( Gerson Amaro)


Quem me dera minhas modas
Fossem só felicidades
Quem me dera este mundo
Também fosse essa verdade
A tristeza sei que existe
Outro lado da metade
Doença triste no mundo
É feito um poço sem fundo
Essa tar enfermidade


Uma criança inocente
Nove anos de idade
Doente a vida inteira
Um escravo da maldade
Medicina não deu jeito
Não teria mocidade
Era o meu de Setembro
Não teria o seu Dezembro
Não vai ter festividade


O menino então pediu
Mais uma felicidade
Queria que o seu Natal
Uma prova de amizade
Então no mês de setembro
Fizeram a caridade
O Natal adiantou
Seu presente ele ganhou
Sua ultima vontade


No quarto do hospital
Foi feito esta bondade
Até um Papai Noel
Fez sua solenidade
O menino descansou
Nos deixou uma saudade
Mas antes de ir pro céu
Um bilhete ele escreveu
Sua ultima humildade


“ Meus amigos obrigado
Por toda fidelidade
Não podia ir pro céu
Sem esta festividade
No dia do aniversário
De Jesus a Majestade
Eu senti sua presença
Não sofro mais de doença
Hoje estou na eternidade “

sábado, 28 de outubro de 2017

Boletim do Papai Gerson Amaro


Boletim do Papai Gerson Amaro

Quem um dia nesta vida
Nunca se arrependeu
De um erro do passado
Algo que aconteceu
Conto esta prosa agora
Que muito me aborreceu
Devemos sempre ter calma
Acalmar a nossa alma
Pra não ferir um ente seu ...

Certa vez em uma escola
Teve uma reunião
Muitos pais foram chamados
Para uma solução
Professora lá na frente
Todos prestando atenção
A professora dizia
E um jovem pai ouvia
Sem ouvir com coração

"Pais e mães eu lhes chamei
Pois estou bem preocupada
Com o que esta acontecendo
Me sinto muito abalada
Hoje quero confessar
Até meio envergonhada
Entrego este boletim
E peço para porem um fim
Nestas notas avermelhadas

O jovem pai ansioso
Quase não acreditou
Vendo as notas vermelhas
O boletim já fechou
A raiva em sua cara
O seu rosto avermelhou
Levantou do seu lugar
Sem a a prosa terminar
E pra casa ele voltou

Ao chegar em sua casa
Ele chamou o seu filhinho
Nove anos de idade
O seu nome era Pedrinho
Menino muito educado
E também muito bonzinho
O menino inocente
Veio rindo e carente
Abraçar o seu paizinho

Mas o pai muito nervoso
Não queria conversar
Deu uma bronca no menino
Que começou apanhar
Que coisa mais desumana
Sem juiz para julgar
Sem saber o que passando
Nem porque tava apanhando
Com a Mãe já foi chorar

"Mamãe o que acontece?
Porque ele me bateu?
Se na minha escolinha
O melhor aluno é eu ..."
Mamãe o meu coração
Foi o que mais me doeu
Filho espere aqui um pouco
Pois vou ver com aquele louco
O que então aconteceu ...

Ao pegar o boletim
A Mãe já foi entendendo
Chamou o então o culpado
Com o que estava acontecendo
Ela muito revoltada
Pro papai já foi dizendo
"Olhe este boletim
E esta nota bem ruim ...
è você que esta recebendo "

"É o Boletim do Papai
Que a escola preparou
Para o pai saber de seu filho
Onde foi que ele errou
Voce bateu no seu filho
Um inocente apanhou
Estas notas avermelhadas
Estão bem envergonhadas
Com o que você aprontou"

O pai então notou logo
O que tinha acontecido
Cometeu um erro grave
Ele estava arrependido
Um pai que espanca um filho
Tem patente de bandido
Foi então se desculpar
“Melhor notas vou tirar “
me desculpe meu querido

Nesta vida tão corrida
As vezes nem respiramos
E depois se arrependemos
Com o que não aproveitamos
Sejamos mais pacientes
Com aquele que amamos
Melhore seu boletim
Notas vermelha tem fim
Quando nós nos vigiamos

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Caipira de Verdade – Gerson Amaro

Caipira de Verdade – Gerson Amaro

Sou caipira de verdade
Um caipira lavrador
A roça é minha vida
Sou caça e caçador
Caço sempre a humildade
Sou caçado pelo amor
Sou caipira de verdade
Vivo na simplicidade
Por todo canto que for

Sou caipira de verdade
Minha moda é raiz
Não escuto porcaria
Sou dono de meu nariz
Sou do jeitão da madeira
Do jeito que sempre quis
Sou caipira de verdade
E minha felicidade
Fazer todos mais feliz

Sou caipira de verdade
Minha mãe me ensinou
O meu pai foi o meu mestre
O meu grande professor
Meu diploma é minha lida
Herança que se formou
Sou caipira de verdade
Minha grande faculdade
É a roça sim senhor

Sou caipira de verdade
Não nego a minha fé
O galo cantou três vezes
Nunca arredei o pé
Salve sempre o Divino
Mãe Maria e José
Sou caipira de verdade
Salve a Santa Trindade
E Jesus de Nazaré

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Obra de Deus - Gerson Amaro


Obra de Deus - Gerson Amaro

Na vida sou como tijolo
Que não escolhe onde vai ficar
As vezes numa sala linda
Ou num muro sem se rebocar
Na vida sou este tijolo
Onde não posso nem escolher
As vezes eu estou no alto
As vezes nem podem me ver
Mas mesmo eu sendo um tijolo
Eu consigo ter os sonhos meus
Pois junto com outros tijolos
Faço parte da obra de Deus

Deus é o grande Pedreiro
Arquiteto deste universo
Engenheiro divino da vida
Construindo pra sempre meus versos
Tem anjos por todos os lados
Ajudantes nesta construção
Serventes fieis ao senhor
Nesta obra de imensidão
O cimento que une as paredes
Com certeza é o nosso amor
Alicerce concreto tão forte
É Jesus nosso grande Senhor

Eu tenho um telhado azulado
Tem estrelas meu teto tambem
Tenho o sol e a lua tão perto
Que ilumina minha vida , amém
O senhor tem muitas moradas
Diz assim o nosso salvador
Casa perfeita tão linda
Não há prantos , não existe dor
Quero ser sempre este tijolo
Nesta obra que Deus sem igual
Que Deus me conceda um dia
Entrar em sua Mansão celestial

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Minha Verdade - Gerson Amaro

Minha Verdade - Gerson Amaro

Quando escrevo, nem que seja só um pouco
O matuto e o caboclo , toma conta aqui de mim
Saio de um mundo , que sei que não me pertence
A caneta me convence escrever caipira assim
Não sou formado e nem tenho muito estudo
Mas aqui tenho de tudo , neste meu grande jardim
Cada poema cada frase escrevinhada
É uma flor por mim plantada , nesta imensidão sem fim

Mesmo na gota de uma chuva que vem vindo
Um trovão que vou ouvindo , eu me pego a escrever
Quase um vicio , falar de simplicidade
Mesmo que só a metade , que eu queria lhe dizer
Eu nem preciso que corrijam minha escrita
Tem até quem acredita que não sabia ao mesmo ler
Mas o caipira escreve e fala assim deste jeito
Reclama forte o meu peito , pois eu fiz por merecer

Dizem que sou , poeta compositor
Mas sou só um rimador , daquilo que escrevi
Eu não me sinto dono de nada que faço
Mas aceito seu abraço se caso lhe convenci
Minha verdade , sou somente um caipira
Quase tudo me inspira , nestes versos não menti
Seja bem vindo a meu mundo diferente
Minha verdade nunca mente , vou ficando por aqui

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Venda de Matuto ( Gerson Amaro)



Venda de Matuto ( Gerson Amaro)

Na roça a gente , de tudo plantava
Mas também comprava , na venda também
Pertinho de casa , a venda rural
Pra nois mais normal , chamar de armazém
Ali do que tinha , não faltava nada
Na beira da estrada , na vida de alguém
A venda me traz , tamanha saudade
Comprei humildade , com poucas de cem

O velho baleiro , que até cantava
A gente rodava , para escutar
As balas , confeitos e os caramelos
Tinha sete belo , pra vida adoçar
Quarto centenário , dadinho famoso
Docinho gostoso , para se lembrar
No dia da compra a gente ganhava
Seu Zé embalava pra gente levar

Aquele balcão feito de madeira
Balança na beira , pesando de tudo
Secos e molhados ,açúcar e o sal
Peixe , bacalhau , miúdo e graúdo
Garrafão de pinga e fumo de corda
Quem não se recorda , deste conteúdo
A venda da roça , de tudo um pouco
Venda de caboclo , venda de matuto

A velha rural , ou uma carroça
Por toda a roça, minhas compras levou
Caixa de madeira ou saco de estopa
Que punhas as compra , que a gente comprou
Hoje só saudade , de um tempo passado
O supermercado , a venda trocou
Mas ainda resta , um pouco escondida
São vendas antigas , que tempo salvou

domingo, 22 de outubro de 2017

Velha Enxada Gerson Amaro



Velha Enxada Gerson Amaro

Velha enxada ... Encostada na parede
Minha fome e minha sede , com certeza já matou
Quanto trabalho , quanto ganho ajuntado
Me pagou muito mercado , quanto a gente se trabalhou
São duas libras , trabalhadas de a meia
Nossa vida se "assemeia" , por passar por tanta dor
Duas verdades , pelo fogo bem testadas
Duas metades afiadas , feitas de ferro e suor


Velha amiga ... Quantas vezes encabada
Minha vida trabalhada , você tanto inspirou
Quanto na vida, eu pensei em desistir
Mas você estava ali , esquecida me esperou .
Bem na verdade sei que muitos a evitam
Mas por que não acreditam , que foi Deus que lhe forjou
Lindo instrumento de trabalho do caipira
Hoje você me inspira , o caipira rimador ...


Velha de guerra , hoje entendo a serventia
Vejo que foi valentia , quanta luta nois lutou
Pois é na terra sempre nosso guerreado
Somos mais que dois soldados , patente agricultor
Nossas medalhas sempre são nossas colheitas
Nossa herança é perfeita , herdadas do criador
Pois quem trabalha , ganha sempre seu sustento
E este nobre instrumento , certeza me sustentou

Velha de ferro com seu cabo de madeira
Velha enxada companheira , que o tempo encostou
Aposentado hoje fico te olhando
Fico só me "alembrando"
O tanto que me ajudou
São quatro filhos , um doutor em medicina
Tem também duas meninas , que na lei então formou
Mas o mais novo meu eterno caçulinha
Vai seguir a minha linha , uma enxada já comprou ...

sábado, 21 de outubro de 2017

DEDEIRA DA SAUDADE Gerson Amaro

DEDEIRA DA SAUDADE
Gerson Amaro

Diz o ditado que o passado é um história
Que na memória se ajunta com a saudade
Nosso futuro a gente sonha só o espera
Feito quimera as vezes fica na vontade
Mas o que conto eu relembro o passado
Caso contado que envolve um mistério
Um objeto que um dia eu encontrei
Me assustei pois eu achei num cemitério

Como eu faço todo dia de finados
Acostumado ,que faço em todo ano
Vou visitando os amigo sepultados
O mau passado então fico relembrando
Visito sempre um amigo violeiro
Meu bom parceiro que da terra já se foi
Mas bem em frente da cruzinha de madeira
Uma dedeira feita de chifre de boi

Essa dedeira bem usada me esperava
Só não pensava no que ia acontecer
Levei pra casa esse objeto de bonança
Uma lembrança que então queria ter
Um certo dia recebi uma visita
De minha amiga, que era a filha do Tião
E quando viu esta dedeira em minha sala
Perdeu a fala de tamanha emoção

"Esta dedeira reconheço meu amigo
Ficou comigo numa certa ocasião
Eu me alembro , pois no dia eu chorei
A coloquei com o meu pai em seu caixão
Como se sabe meu pai era violeiro
Seu derradeiro pedido eu fiz então
“ Filha querida na minha hora derradeira
Quero a dedeira colocada em minha mão “

“Uma dedeira muito nova eu coloquei
Até chorei pois eu sabia que era o fim
Meu velho pai pra sempre foi o meu herói
Como me dói saber que esta longe assim
Mas hoje vendo esse objeto a minha frente
Fiquei contente , acredite no meu sim
Ta bem usada essa dedeira da saudade
Na eternidade ele ponteia então para mim

O Doutor e o ateu - Gerson Amaro

O Doutor e o ateu -  Gerson Amaro

Eu sim acredito na eternidade
Deus com sua verdade do alto do céu
Deus sempre existiu ,nunca foi inventado
Sou abençoado, retiro o chapéu
Mas aqui na terra tem muito contrário 
Com seu comentário , dizendo se ateu
Respeito o amigo , mas não uma ofensa
Lhe peço licença pra falar  de Deus

Um dia eu vi um doutor conversando
E então  divulgando o trabalho seu
Doutor de cabeça , um neurologista
A sua conquista foi Deus que lhe deu
Mas nesta plateia então um teimoso
Daquele orgulhoso já disse assim
Porque que eu olho , pro céu tão celeste
E não me aparece o seu Deus pra mim

Aquele Doutor , sempre muito educado
Então riu um bocado e já lhe respondeu
Eu sou um Doutor , simples cirurgião
Mas minha religião eu explico ao ateu
Quando eu opero a cabeça de alguém
O cérebro vem , bem a minha vista
Também não consigo ver os pensamentos
E nenhum argumento ,que eles não exista

Também eu não vejo o vento soprando
Mas sim derrubando até  uma floresta 
Também eu não vejo o ar que admiro
Mas sim o respiro  e ninguém me contesta
Então o meu Deus é certeza que existe
Não fique tão triste pela explicação
Eu não te proíbo de que não acredite
Mas não se irrite por eu ser Cristão

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Zé da Viola - Gerson amaro



Zé da Viola - Gerson amaro ( Cururu ou moda de Viola)

Hoje conto aqui pra vocês
Uma historia de uma covardia
Neste mundo que só tem tristeza
Cada vez menos tem alegria
A maldade , feito cascavel
Sua presa ela até desafia
No seu bote ela se faz pequena
Sua mente , peçonha , envenena
Na grandeza , sua alma esvazia

Conhecido no oeste paulista
João Carranca dizia se o tal
Discutia com tudo e com todos
A maldade era seu natural
Arruma sempre pé de enguiço
Se sentindo sempre maioral
Mas Carranca tinha sua mentira
Não tocava viola caipira
Sua inveja era o seu grande mal

Um caboclo da roça e do mato
Com sua violinha vermeia
No domingo ele vinha pra missa
E tocava com amigo de a meia
Não sabia nem escrevinhá
Aprendeu viola de oreia
Caboclo na fazenda afamado
Zé da Viola ele era chamado
Sua vida , de amigo era cheia

A historia do João com maldade
A historia do  Zé Inocente
O João com sua covardia
E inveja de não ser contente
Foi roubar a viola do Zé
Um coitado amigo da gente
“Se eu não toco,não toca ninguém
Se alguém acha que não convém ...
O meu trinta responde urgente “

Pobre Zé sem a sua viola
Então sem a sua companheira
Foi pra luta sem muito sentido
Sua luta foi a derradeira
João Carranca lhe deu quatro tiros
Um dos tiros pegou na dedeira
Captura chegou atrasada
Zé da viola e sua vida roubada
Numa triste , treze , sexta feira

João Carranca morreu na cadeia
Pro inferno ele foi condenado
Não se mata um pobre inocente
Zé da Viola era puro e coitado
Hoje diz que até faz milagre
Seu cantinho é muito visitado
No céu hoje a viola é presente
Zé da Viola toca eternamente
Com a vermeia ele foi enterrado

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O Anjo da Sorocabana – Gerson Amaro

O Anjo da Sorocabana – Gerson Amaro

Sou um contador de causo
Sou contador de historias
Hoje conto num poema
Mais um causo de vitória
Quem aqui que acredita
Em anjos de lá do céu
Meu amigo acredito
Até tiro o meu chapéu
Mas também aqui na terra
Tem muitos anjos também
Quase dia de Natal
Data tão especial
Jesus nasce em Belém

Assim nasce um milagre
Assim nasce esta moda
Os meus versos são ligeiro
Feito trem ninguém me poda
Jovem mãe e jovem papai
Aguardava na estação
A chegada da família
Pra mais uma reunião
Essa gente não contava
Com o destino traiçoeiro
A lembrança é amarga
Pois batia um trem de carga
Com um trem de passageiro

Antiga Sorocabana
Deus do céu que confusão
Trem de carga e passageiro
Misturando os vagão
Muita gente machucada
Dentro e fora deste trem
O papai e a mamãe
Em seu colo uma neném
De repente veio um anjo
Para a criança cuidar
Mamãe e papai ferido
No hospital , já socorridos
Deus um anjo quis mandar

O papai e a mamãe
E um anjo a sua espera
Aguardando sua alta
A sua linda Maristela
Assim que foram curados
Receberam sua criança
O anjo que confiaram
Lhes pediu uma lembrança
"Por favor deixe eu ficar
Com sua touca e sua mantinha
Pois quero sempre lembrar
Que Deus mandou eu salvar
Esta linda criancinha"

Na passagem de minha vida
Hoje existe esta  quimera
De encontrar este anjo
Um milagre , quem me dera
Se você tiver ouvindo
Esta moda de viola
Saiba que te procuramos
E essa moda nos consola
Existe anjos no céu
E de natureza humana
Em meu coração conheço
E Hoje eu te agradeço
O anjo da sorocabana









segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Sonhei com a Jardineira - Gerson Amaro


Jardineira do Passado - Gerson Amaro

Quem é que aqui, quer ser o meu convidado
Viajar para o passado , com um simples verso meu ?
Quem que acredita , que só com o pensamento
Podemos num só momento , estar mais perto de Deus ?
Eu acredito que Deus é simplicidade
Por isso temos saudade, de tudo que já passou
Pegue carona , nesta minha Jardineira
Já passamos na porteira , a viagem começou

Nossa viagem já começa diferente
Avistando em nossa frente , um belo carro de boi
Carro bem simples , se completa por inteiro
Sua metade é o carreiro , um herói que já se foi
O seu gemido , entra pela nossa mente
O cocão esta presente , o passado me voltou
Mas segue em frente , nossa linda Jardineira
Que viajem de primeira , a gente organizou

Uma parada quase que obrigatória
Se não esta linda historia . não podia continuar
Uma tapera , feita de barro ajuntado
A palha faz seu telhado , um caipira a esperar
Um cafezinho colocado em uma mesa
Simples com sua beleza , uma prosa se formou
A jardineira já nos chama na estrada
A prosa já proseada , a viajem retornou

Olha que verde com o branco misturado
O café esta florado , coisa linda de se ver
Bicho da seda , com seus ranchos e amoras
Não quero mais ir embora , quero aqui então viver
Que coisa linda esta sendo a viagem
Não esqueço as imagem , que o caipira aqui sonhou
A jardineira segue firme o seu destino
Eu me sinto um menino , que nunca desembarcou


Vejo o sol , na montanha se escondendo
Noite vai aparecendo , para lua se amostrar
Quantas estrelas neste céu limpo aparece
E a gente até se esquece , que veio pra passear
Então na volta , voltamos pra realidade
Como eu disse a Saudade , temos do que já passou
Eu na cidade , sonhei com a Jardineira
E de volta a porteira , o caipira acordou

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Sempre Continua - Barnabé / Gerson Amaro

Deus sempre Continua -  Barnabé / Gerson Amaro 

Deus quando criou o mundo , Deus quando criou a terra
Do barro ele fez o homem , seu sonho sua quimera
O homem ambicioso , ansioso e sem espera
Foi logo tomando tudo ,de a meia com o chifrudo ,
Foi logo criando a guerra

Fez a guerra do poder , guerra da destruição
Gerou a guerra da fome , a guerra da traição
Fez  guerra da mentira , a guerra da ambição
Fez guerra até consigo , de a meia com inimigo
Fez guerra até com irmão

Deus criou a natureza , a beleza da floresta
O homem sem piedade , acabou com esta festa
Criando a moto serra , ferramenta desonesta
Seu caminho foi vendido , de a meia com encardido
De a meia com quem não presta

Deus criou os passarinhos , inocentes de verdade
O homem fez a gaiola , pois fim na sua liberdade
Pensando só no dinheiro , foi escravo da maldade
O homem todo orgulhoso , de a meia com o tinhoso
Fez esta brutalidade

Deus fez até mandamentos , o homem não respeitou
Deus criou tudo  perfeito , a bíblia Ele deixou
Deus tendo misericórdia , o seu filho enviou
Deus mandou até Jesus , mas inteiro  numa cruz
O homem o crucificou

O homem um dia acaba , e leva a maldade sua
Vau passar o céu e a terra  , junto com o sol e a lua
Mas no dia derradeiro , Talvez o homem conclua
Feliz quem em Deus espera, este caipira não erra
Pois  Deus sempre continua 

domingo, 8 de outubro de 2017

ENGENHEIRO DO SERTÃO - GERSON AMARO

ENGENHEIRO DO SERTÃO - GERSON AMARO

NASCI NA ROÇA ESSA É MINHA VERDADE
MAS TAMBÉM FIZ FACULDADE, DIFERENTE DO IRMÃO
O MEU ESTUDO FOI SEMPRE AQUI NO MATO
ONDE TIVE O CONTATO E TAMBEM A INSPIRAÇÃO
EU SOU CAIPIRA FALO TUDO QUE ESTUDEI
TUDO QUE EU FABRIQUEI COM ESTA MINHA PROFISSÃO
HOJE MINHA VIDA ESTES VERSOS ME INPIRA
SIM EU SOU MAIS UM CAIPIRA ,ENGENHEIRO DO SERTÃO

FAÇO MANGUEIRA , MATA BURRO E PORTEIRA
TENHO ESTUDO DE PRIMEIRA NA PALMA DA MINHA MÃO
O MEU DIPLOMA ESTA SEMPRE PREPARADO
É UM BELO DE UM MACHADO PENDURADO NUM MORÃO
A MINHA ENXADA QUE MEU DEU MEU DOUTORADO
QUANTO MATO FOI ROÇADO PREPARANDO A ESTAÇÃO
FIZ MINHA CASA ,CERQUEI ELA , E FIZ CARROÇA
HOJE SOU DOUTOR NA ROÇA ,UM ENGENHEIRO DO SERTÃO

SOU SERTANEJO QUE FEZ BANQUINHO DE ORDENHA
EU JÁ FIZ FOGÃO DE LENHA E FORNO PRA ASSAR PÃO
EU MESMO FIZ A MESA A QUAL ESTOU SENTADO
A PLANTA É O MEU RIMADO MEU COMPASSO É O VIOLÃO
QUE ESTA MODA MOSTRE ENTÃO PRA MUITA GENTE
QUE O CAIPIRA É INTELIGENTE , UM MUNDO DE CRIAÇÃO
SEJA BEM VINDO A FACULDADE DO MATUTO
QUE DEU TODO ESTE ESTUDO A O ENGENHEIRO DO SERTÃO

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Presente do passado - Gerson Amaro



Presente do passado - Gerson Amaro

Hoje encontrei numa gaveta escondida
Meio esquecida pelo tempo foi me achar
Quantas lembranças em uma simples caixinha
Pequenininha mas com muito pra falar
Uma caixinha transparente , com saudade
Que a verdade quis de novo me mostrar
Fita cassete bem antiga e ultrapassada
Bem embrulhada , olha o que vim cantar

Na minha casa tenho um radio bem antigo
Ficou comigo para mode então cuidar
Um toca fitas , que era só uma lembrança
Na esperança quis minha fita colocar
Com a caneta eu vortei a minha fita
Que tão bunita começou então rodar
Rodou primeiro o coração deste caipira
Não é mentira o que eu vim lhes contar

E de primeira tocou a Velha Porteira
Que a vida inteira , fez o caipira chorar
Juntinho dela tocou Sonho de caboclo
Lembrei um pouco do Amigo Ademar
São doze modas , sendo seis de cada lado
Emocionado quis as doze escutar
Mas uma moda derradeira nesta fita
Quem acredita o que ela veio me lembrar

“Meu velho pai. Preste atenção no que eu lhe digo
Meu pobre papai querido “ ela começou tocar
Aquela fita lembrava em minha mente
Este o presente , que o passado quis buscar
Meu pai querido lá no céu já descansando
Me ensinando um presente quis me dar
Junto da fita ,um bilhetinho deixado
Filho amado esta herança eu quis deixar

Meu Lar - Gerson Amaro

Meu Lar - Gerson Amaro

Hoje a saudade me bateu mais forte
Peguei minha sorte e a fui visitar
Fui lá na fazenda onde me criei
Amigo voltei , sem sair de lá
O meu coração , deixei lá guardado
Olhos ordenhados , tive que rimar
Na porta de casa , em sua soleira
Sentado na beira me pus a chorar

Naquela colônia , naquela casinha
Chegando a noitinha vinham prosear
Amigos vizinhos de grito e roça
A mente e a carroça fizeram lembrar
Hoje o meu pranto rola neste chão
Vendo a imensidão do céu e luar
Se tenho saudades deste meu sertão
É que ele foi “bão” de viver por lá

Hoje minha vida são boas lembranças
Que desde criança eu pude juntar
O céu é o limite daquele que crê
Mesmo o que não vê pode acreditar
Eu vivo a saudade é o meu normal
Meu ponto final vai lhe afrontar
Não gosto de morar na modernidade
A simplicidade é sempre o meu lar

Amor Distante Gerson amaro

Amor Distante Gerson amaro

Como é que pode um amor assim distante
Me voltar a todo instante , neste peito sonhador
Sou como a terra , que de longe então namora
Com a lua e sua demora , no anoitecer do amor
Como é que pode ter esta mesma saudade
Não importa a idade , nem o tempo que vivi
Pois sei que o tempo é bem mais que ter idade
A distancia é uma saudade que mesma que medi

Assim eu canto espantando a tristeza
Pois cantar é uma beleza , que me encanta muito mais
Canto saudades , canto vendo a sua imagem
e a paz pede passagem , que alivia os meus ais
Assim eu canto junto de minha viola
E é ela que consola este pobre coração
Quem sabe um dia , passado vire presente
Um futuro em que a gente , não tenha mais solidão

Meu recado – Gerson Amaro

Meu recado – Gerson Amaro

Coisas que não gosto e não aprecio
Logo desconfio que tem algo errado
Sou dono de venda , de tudo um pouco
Mas não sou um louco , que perde o ganhado
Tem gente na venda que é tão faceira
Gente caloteira que ama o fiado
Mas para esta gente , não vendo , nem compro
E nem me escondo , pra dar meu recado

Aquele que compra , e paga a vista
Logo me conquista , e fala mais alto
Aquele que compra e marca e não paga
Ladrão ele acaba , faz sim um assalto
Só vive fugindo da venda e amigos
Correndo perigo com o seu incauto
É o que reclama de como é tratado
Famoso folgado , não desce do salto

Mas hoje te falo de sua conquista
Só vendo a vista pra esta pessoa
Não tem confiança de nem uma bala
Assim que se fala , com gente a toa
Hoje não me paga , faça bem proveito
Bata em seu peito , na sua lagoa
A honestidade é maior que um mar
Você vai se afogar sem ter uma canoa

Dedeira de Ouro Gerson Amaro

Dedeira de Ouro
Gerson Amaro

Dedeira de ouro no dedo encaixado
Dedo coroado de um nobre caipira
Não tenho coroa nem tenho reinando
Mas o meu dourado no dedo me inspira
Na minha cabeça um simples chapéu
Coroa é do céu , que eu quero ganhar
Jesus sempre é rei , tão absoluto
Eu sou só um bruto , querendo cantar

Dedeira de ouro na corda de aço
Me dá o compasso , que tanto preciso
Ponteio as cordas , junto de meu peito
O som é perfeito , não tem improviso
O treino que faço é um juramento
Nem um só momento vou atravessar
O melhor ponteio e o melhor compasso
É feito um abraço , pra se ajuntar

Dedeira de ouro que eu mesmo fabrico
Hoje lhe indico , o meu coração
Que esta batida , tão cadenciada
Seja sua morada , o seu casarão
Que eu seja exemplo , seja humildade
Pois simplicidade também é tesouro
Nem todo dinheiro da terra inteira
Compra minha dedeira , feita de meu ouro

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Ultimo pedido Gerson amaro

Ultimo pedido Gerson amaro

Anote o meu pedido
Já que me chamas de amigo
Hoje quero conversar ...
Uma dose de verdade
A mentira é só maldade
Vim aqui pra lhe falar
Traga só a saideira
Sente aqui nesta cadeira
Pois o bar já vai fechar
Garçom seja meu amigo
Atenda o meu pedido
Me acompanhe , vou chorar

Sei que aqui todos os dias
Tive minhas alegrias
Você me acompanhou
Ela sentava comigo ,
Você vinha , bom amigo
Quanto você trabalhou
Agora é despedida
É minha ultima visita
Que eu faço neste bar
Ela diz que ainda volta
Se não passar nesta porta
Se aqui eu não voltar

Muito obrigado ...
Meu garçom e meu amigo
É o ultimo pedido , que lhe faço neste bar
Muito obrigado
Meu garçom e meu amigo
Se ela não ficar comigo , volto o amigo visitar

sábado, 30 de setembro de 2017

Estrada de Luto ( Gerson Amaro / Deusmar Faria ) cururu

Estrada de Luto ( Gerson Amaro / Deusmar Faria ) cururu

A estrada hoje esta de luto
Caminhoneiro também chora igual
Hoje aqui prestamos o tributo
Ao amigo mais que especial
Caminhoneiro mais que absoluto
Um Caminhoneiro Virtual
Sua voz era seu trucão bruto
Amizade seu maior produto
“Luciano “Amigo” Gardenal “

Hoje o céu é só o seu destino
Uma estrada que não tem poeira
Hoje perdemos nosso menino
Com a voz , caminhão de primeira
Esta grande a viagem imagino
Meu São Pedro abrindo a porteira
Um coral , anjos e violino
No melhor som dos mais cristalino
Na sua chegada derradeira

São Cristovão nosso protetor
Te receba também companheiro
Na terra ficamos com a dor
Mas no céu , sorriso verdadeiro
Que Jesus , Nosso Grande Senhor
Reconheça este grande guerreiro
Eu lhe peço Jesus por favor
No coral dos anjos do amor
Nosso Amigo Grande Caminhoneiro

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Caipira e Atrasado - Gerson Amaro

Caipira e Atrasado - Gerson Amaro


Eu não pertenço a este mundo de agora ,
Nossa Senhora como ele ta mudado
Pois este mundo não ta certo meu amigo
Então lhe digo no contrario ta errado
Não tem respeito com aquilo que é santo
E nem um tanto com o que é mais sagrado
A inocência da criança ,meu amigo
Com um pervertido , virou arte de safado


Eu não pertenço a esta moda de hoje em dia
Onde a alegria , e ser um louco e drogado
Onde um homem ser homem é proibido
E ser bandido , é ser tratado de coitado
Tão me dizendo que menina e menino
Por seu destino , tem seu gênero errado
Se eu discordo , dizem que é preconceito
O meu direito , com o deles é tirado


Eu não pertenço a este mundo tão moderno
Onde o inferno , quase que é idolatrado
Tudo que é feio e errado tem valor
É o terror , em forma de paz disfarçado
Mas que bagunça que estamos nesta terra
O mal impera e ainda é exaltado
Não sou moderno e nesta moda me refiro
Ainda prefiro ser caipira e atrasado

Caipira Professor ( GERSON AMARO)



Caipira Professor ( GERSON AMARO)

Eu fui criado na cidade bem menino
Mas meu destino sempre foi o interior
La na cidade aprendi a ser caipira
Não é mentira é verdade sim senhor
Mas na cidade eu tive uma criação
Meu pai então ,me ensinava com amor
A tradição que era toda sua verdade
Simplicidade de uma caipira professor

Eu aprendi fazer pinguela e porteira
Até mangueira o meu papai me ensinou
Em um quintal muito pequeno dava aula
Em uma jaula que cidade inventou
Em uma horta eu plantei quase de tudo
Foi mais que estudo , um caipira ele formou
O meu diploma , na parede pendurada
Uma enxada que ele mesmo amolou

A gente ouvia em um radinho de pilha
Que maravilha meus ouvidos escutou
Sempre ouvia Tião Carreiro e Pardinho
Nosso radinho , muita moda ele tocou
O Zilo e Zalo , Liu e Léo e companheiros
O dia inteiro , nossos dias encurtou
No fim do dia na radio Aparecida
A Mãe Querida a nossa vida abençoou

Hoje eu moro numa cidade pequena
Faço poemas , de volta ao interior
Todas as aulas do meu papai tão querido
Estão comigo por onde o caipira for
Hoje descansa no céu o meu pai amigo
Bem merecido lá descansa o professor
Muito obrigado meu docente , meu caipira
Hoje  inspira , esse caipira rimador

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Plantador de Historias ( Gerson Amaro)

Plantador de Historias ( Gerson Amaro)


Nasci na roça , mas cresci foi na cidade
Faço então desta metade , a minha inspiração
Pego a caneta e descrevo esta saudade
Semeio simplicidade , com a minha plantação
Eu sou roceiro de vogais e consoantes
Rimo a terra num instante , em que escrevo com amor
Eu junto frases , que eu levo na memória
Na verdade de historia , sou um simples plantador

O que eu semeio , não é como obrigação
Quem manda no coração , de um caipira como eu ?
Que numa prosa, ou até mesmo uma conversa
A caneta vem depressa , e outra moda apareceu
Então semeio aguardando essa colheita ,
Minha parte já foi feita , agora é só esperar
Que uma moda surja em um belo abraço
Pois é nas cordas de aço , que eu as quero escutar

Sou plantador de historias e poemas
Ser caipira é meu sistema , e não há porque mudar
Caso o amigo tenha em casa uma semente ,
Uma historia em sua mente , me mande pra eu plantar
Se render frutos vai ser sempre de a meia
Quero que o amigo creia , de a meia é o coração
Vem ver a roça , bem plantada e cuidada
Lagrimas são ordenhadas , regando nossa plantação

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O mundo que vivo ( Gerson Amaro)

O mundo que vivo ( Gerson Amaro)

O mundo que vivo é bem diferente
Moldo em minha frente o mundo que quis
Eu vejo um mundo , fico imaginando
Menino brincando , assim eu me fiz
O mundo que vejo , não se vê maldade
Pois da humildade sou um aprendiz
Assim me ensinou , assim eu aprendo
Assim eu me rendo , Assim sou feliz


Eu não tenho tudo , mas nada me falta
Minha alma peralta , sobra por demais
Minha travessura é sonhar tão alto
Assim eu exalto , meu sonho de paz
O mundo que sinto não é brincadeira
Fé de aroeira  , sem olhar pra trás
Passado não volta , futuro nem veio
Então me presenteio , o hoje satisfaz


Eu sonho acordado , com um mundo assim
Perfeito pra mim e também pra você
Uma utopia , ou uma quimera
Uma primavera para florescer
Mas aqui na terra , eu faço meu mundo
Respiro profundo , para enaltecer
Quem saiba um dia , no alto da glória
A minha historia , eu possa merecer