segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Nelorinho ( Gerson Amaro) Moda de Viola



Nelorinho ( Gerson Amaro) Moda de Viola


Hoje cedo aqui no sitio
Apareceu um menininho
Perguntou quem era o dono
Já que era o novo vizinho
Então me apresentei
E falei bem de mansinho
Já que você quer saber
Eu já vou lhe responder
Sou o dono do sitinho


"Eu mudei ontem a noite
Vi aqui uns bezerrinhos
Juntei dinheiro no bolso
Quase todo o meu cofrinho
Vou fazer uma surpresa
Me responda com carinho
Quero que o senhor me atenda
Tem bezerro para venda ?
Presente pro papaizinho


Eu fiquei meio confuso
Pois tinha só bem pouquinho
Meu gado valia muito
Tratado bem direitinho
Mas então entrei no jogo
Do danado menininho
Com ele fui caminhar
Para então negociar
Fui mostrando o caminho

De repente ele avistou
Um bezerro bem novinho
Com um defeito na pata
Ele era aleijadinho
Eu fiquei meio confuso
Por mostrar pro menininho
Nesta hora foi difícil
já pensei em sacrifício
No pobre do bezerrinho

Mas então veio a proposta
Daquele tal espertinho
Me venda este bezerro
Pago com meu dinheirinho
Sei que tenho muito pouco
Mas quero o nelorinho
Se o senhor me confiar
Todo mês venho pagar
Seu preço, pago tudinho"


Foi então que eu lhe disse
E expliquei explicadinho
"Te vendo por seu dinheiro
O animal bem pobrezinho
Mas ele não vai andar
Pois é um aleijadinho
Como você vai criar ?
Vai dar trabalho cuidar
Porquê quer o bezerrinho? "

Ele então foi me dizendo
"Eu vou cuidar direitinho
Pois eu sei o que ele passa
Então terei muito carinho"
Deus também cuidou de mim
e também do meus pezinhos
Sua calça levantou ...
Sua prótese mostrou...
"Também sou aleijadinho ..."

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Obrigado pelas visitas em 2016 ...


Natal da saudade ( Gerson Amaro)

Natal da saudade ( Gerson Amaro)

Nas modas eu rimo, sou felicidade
Minha especialidade ,rimar com prazer
Eu rimo amigo , sempre a saudade
Pois sempre a verdade,eu quero viver
Pois hoje eu lembro data especial
Noite de Natal que costumava ter
Em volta da mesa família ajuntada
Ceia preparada , até o anoitecer

Na mesa fartura , não fartava nada
Leitoa assada , pronta pra comer
Quatro frango assado , no forno de lenha
Que nesta resenha , resolvo escrever
Macarrão com molho , de carne moída
Itália querida , quis me aparecer
O Nono e a Nona , com muito carinho
Faziam o vinho pra gente beber

Já deu meia noite , presentes ganhados
Abraços apertados , gostoso de ter
O melhor presente , é ter seu passado
No futuro lembrado , pra poder rever
As vezes eu choro , pura nostalgia
Daquela alegria ,que eu pude viver
Hoje o Natal ta virando comercio
Eu faço meus versos , para reviver

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Caboclo Formado Gerson Amaro

Caboclo Formado
Gerson Amaro

A vida na roça , foi sempre o meu tudo
Não tive estudo , mas fui graduado
Eu tenho diploma , de simplicidade
Na minha verdade , caboclo formado
Mas para meus filhos eu quis o melhor
Fiz do meu suor , eles bem estudado
Pois hoje eu vou a uma formatura
Meu filho caçula , vai ser diplomado

Eu me arrumei com roupa bem boa
A minha patroa tinha separado
Uma calça nova , feita no alfaiate
O seu arremate , no corpo moldado
A camisa branca , gravata listrada
Meia colocada ,faltava o calçado
Mas sapato novo me aperta o pé
Sabe como é , deixa bem machucado

Então coloquei a minha botina
Que em minha rotina , eu tenho usado
Botina de couro , prego rebatida
É forte pra lida , pneu o solado
Botina novinha , eu mesmo comprei
Também engraxei , e dei lustrado
Fui para o evento , com minha emoção
Só meu coração , que estava apertado

Chegando na festa , festa luxuosa
Só gente vistosa , e rico ajuntado
Minha roupa na festa , não fazia brilho
Mas pelo meu filho , Eu fui coroado
Na hora que ele pegou o diploma
Ele fez a soma , com seu doutorado
Pois filho de peixe , um peixinho é
Com botina no pé , ele foi diplomado

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Fica a Homenagem em forma de Moda de Viola Taça da Vitória (Gerson Amaro)

Tinha um erro grosseiro , me perdoem , já está arrumada ...
Fica a Homenagem em forma de Moda de Viola
Taça da Vitória (Gerson Amaro)

Vinte e nove de Novembro
Dia triste eu me lembro, o mundo todo chorou.
A queda de um avião
Comoveu minha nação , o Brasil se emocionou
Em busca de um campeonato
Que aconteceu o fato , e trouxe todo suspense
A grande fatalidade
Hoje só restou saudade, Do grande Chapecoense

Quase todos tripulantes
Morreram naquele instante ,que tragédia sem igual
Eu penso nas suas famílias
Pais e mães ,filhos e filhas, pois já chega o Natal
Eu faço uma oração ,
De todo meu coração , Que Deus possa consolar
Nossa vida é uma passagem
Aguardando a viagem , De um dia nos encontrar

O estádio transformado
Um velório foi armado , pra partida derradeira
A torcida acompanhava
E as lagrimas chorava ,enxugando com a bandeira
O gramado bem molhado
O céu todo ordenhado ,pois o céu não aguentou
Vendo toda a tristeza ,
Eu lhe digo com certeza , que todos anjos chorou

Mesmo em uma tristeza
Pude ver uma grandeza, todo mundo se uniu
Com respeito jogadores
e também os torcedores rezavam , pelo Brasil
Que receba ,ó meu Deus
Todos estes filhos seus , que buscavam a vitória
Final não foi disputada ,
Mas a taça lhe foi dada , por meu Deus em sua Glória

Uma data especial (Gerson Amaro)

Uma data especial (Gerson Amaro)

Um senhor de certa idade
Bem velhinho por sinal
Aguardava bem contente
Uma data especial
Queria ver a família
Família junta é normal
Ligou pro seus quatro filhos
Que eram todos seus brilhos
Convidando pro Natal

Os filhos bem ocupados
E morando na cidade
Disseram para o velhinho
“Seria nossa vontade,
mas temos nosso trabalho
escute esta verdade ...
Quem sabe ano que vem
O senhor convide também
Pra nossa felicidade”

O pobre pai bem velhinho
Ficou triste no momento
“ Os filhos que eu criei
Desde o seu nascimento
Não querem me visitar
Aguardei este momento
Natal é uma data santa
Minha saudade era tanta
Desculpa sem argumento”

Então chegou a noticia
Para os filhos do velhinho
Dizia em uma carta
Que o pobre homem bonzinho
Havia então falecido
Pois andava doentinho
Os filhos deram um jeito
Com a tristeza em seu peito
Viajaram bem cedinho

Ao chegar no interior
Na casa do pai querido
Notaram algo errado
Não vendo o acontecido
A porta estava aberta
Entraram já comovidos
E o velho vivo e contente
Estava a vossa frente
Pois não tinha falecido

“Sejam bem vindos meus filhos
Vamos sentando na mesa
Eu já fiz todos assados
Preparei a sobremesa
Que bom que vieram hoje
Eu tinha esta certeza
Comemoremos a vida
Pois família reunida
Espanta qualquer tristeza”


Mais de meus textos , poemas e letras de musica sertaneja raiz acesse :
www.gersonamaro.com

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Tio Amado ( encomenda) Gerson Amaro / Jordane Guimarães

Tio Amado ( encomenda)
Gerson Amaro / Jordane Guimarães

Saudade sempre se tem
Daquilo que já foi bom
Tenho saudade demais
Daquele que tinha o dom
O dom de fazer feliz
Quem estivesse ao seu lado
O céu é hoje o destino
De meu Titio Lacerdino
Saudade meu tio amado

Uma doença maldita
Que nem gosto de falar
Veio de encontro com o tio
Que lutou pra descansar
Me lembro a ultima vez
Que eu fiquei ao seu lado
Comemos frango caipira
Hoje uma moda  inspira
Saudade meu tio amado

Seis filhos deixou no mundo
E  nunca  nada faltou
Verdadeiro companheiro
Um pai que meu Deus levou
Hoje seus filhos queridos
Defendem o seu legado
O legado é o seu sorriso
Que hoje alegra o Paraíso
Saudade meu tio amado

Seja feita a vontade
De Jesus nosso Senhor
Eu vou vivendo na terra
Lembrando com muito amor
Saudades do “ Titi lá “
Assim tu era chamado
Eu sigo aqui nesta terra
E os meus versos se encerra
Saudade meu tio amado

Ode à Viola - Gerson amaro



Ode à Viola - Gerson amaro

Quem dera eu fosse eterno
Ou tivesse mais que uma vida
Poderia então amar te mais
Com minha mão tão atrevida
Quem dera um só momento
Eu pudesse lhe tocar
E em seu braço , correr os dedos
E meu ouvido acariciar
O seu corpo de mulher
Tão forte que me domina
A inocência de uma flor
E fragilidade de uma menina
São dez cordas que me amarram
E os acordes que me aprisionam
Ponteados compassados
Que jamais me abandonam
É prisão de liberdade
É amor que não tem fim
A viola é minha verdade
Eterna flor de meu jardim

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Casinha de Tábua Gerson Amaro

Casinha de Tábua
Gerson Amaro

Casinha de tábua
Chão de vermelhão
A minha emoção é lhe visitar
Abrindo sua porta eu abro meu peito
Com muito respeito venho recordar
Casinha de tábua
De lenha é o fogão
Que o meu coração também o aquece
Nas noites de frio sua taipa é famosa
Ouvindo as prosas que ninguém esquece

Casinha de tábua
A minha Lembrança
Tempo de criança em volta a brincar
Também de madeira o meu cavalinho
Que meu papaizinho veio a fabricar
Casinha de Tábua
Eu lhe agradeço
Eu nunca me esqueço, de sempre lembrar
A minha casinha feita de madeira
Minha companheira meu primeiro lar

Casinha de tábua
Minha linda casinha
Com minha mãezinha,sempre a cuidar
Na porta da sala a linda roseira
A flor mais faceira, ela foi plantar
Casinha de tabua
Na área uma rede
Em sua parede , para descansar
Ali que eu via , na encosta da serra
Café na espera  ,querendo florar

Casinha de tábua
Sou agradecido
Pois foi lá contigo, minha criação
Lembro-me de meus pais e dos meus amigos
Meu templo querido minha gratidão
Casinha de tábua
Hoje esta vazia
E sem alegria , está na solidão
Eu volto um dia pra sempre amiga
Casinha querida da minha canção