Rastelo da Vida
Gerson Amaro
No estado de São Paulo
A mais de quarenta ano
A roça era só café
Mudando todos os plano
Café para todo lado
Trabalho pra muito humano
A fartura era tanta
Fazendeiro Soberano
Colheita farta e com fé
Pra coar todo café
Só com todos oceanos
Na venda a gente comprava
Pagava no fim do ano
Patrão que fiava o povo
Não podia dar o cano
Era no fio do bigode
Nao existia engano
Uma rural sete cinco
Seu motorista o Baiano
Fazia o frete contente
Levando a compra da gente
Tudo num saco de pano
Na peneira de café
Meus sonhos fui abanando
No rastelo desta vida
Muitas cobras fui puxando
No terreiro da fazenda
A vida foi se espalhando
A saca sessenta quilos
Meu peito foi calejando
A florada é um momento
Igualando hoje o tempo
Meu cabelo foi branqueando