quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Noites de Poeta – Gerson Amaro

Noites de Poeta – Gerson Amaro


Olhos ordenhados secos de tristeza
Minha natureza foi só contemplar
Tive bons momentos durante os dias
Mas noites vazias fizeram rimar
Anos que passaram bem rapidamente
Se foram em frente foram indomáveis
Galopes constantes na estada da vida
As noites sofridas, foram intermináveis


Os anos que tenho me restam saudades
Das minhas verdades que teimam voltar
Mentiras sinceras jamais existiram
Canetas me viram , pra trás eu olhar
Estatua de sal eu nunca que verei
Mas claro que errei, duvidei da sorte
Quem é que não fica tentado ao erro
Em seu desespero , fugindo da morte


A noite a lua consola meus versos
Mas o sol perverso vem ela expulsar
Estrelas soldados, duelo constante
Um brilho num instante faz elas marchar
A luta do dia e da noite começa
Derrota é inversa no anoitecer
A lua então vence o sol novamente
Assim minha mente volta a escrever

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Lembrar de esquecer Gerson Amaro ( Valseado )

Lembrar de esquecer
Gerson Amaro ( Valseado )


Qual amigo que não tem uma historia
Que não guarda na memória , uma historia em um bar
Qual amigo que não sofreu com uma moda
A tristeza nunca poda, quando a moda vai tocar
Confesso que amigo também choro
E as vezes eu imploro pra vitrola desligar
Não toque esta musica bendita
Pois eu lembro da maldita que me faz hoje eu chorar


Meu amigo estou aqui
Vim aqui para beber
Hoje amigo decidi
Vim lembrar de esquecer
Essa moda que hoje toca
Hoje tira o meu céu
Se eu beber e passar mal
Foi então o Som de Cristal
De Joaquim e Manuel

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Ultima Manhã Gerson Amaro / Deusmar Faria



Ultima Manhã Gerson Amaro / Deusmar Faria

Com tristeza anuncio que fechou
A boate e seu show, hoje não existe mais
Famoso ponto lá na zona sul
A Boate que era Azul que curava os meus ais
Ali que procurava o remédio
Afastava o meu tédio e também meu desespero
Ali que eu curava meu acoite
Encontrando a Flor da Noite , minha Dama de Vermelho

Ela era a bailarina, a boneca cobiçada
Era noiva de meu bairro, minha páixão mais declarada
O seu vestido de seda , sua pele de maçã
Na suíte vinte e seis, foi nossa primeira vez e nossa ultima manhã

Caipira é o meu coração/ GERSON AMARO

Caipira é o meu coração/ GERSON AMARO

Eu sou um doutor formado 
Minha nova profissão 
Mas eu já fui lá da roça 
Doutor com calo na mão
Por dentro eu sou matuto
Por fora um cirurgião 
Estudo é minha conquista 
Sou só um cardiologista
Caipira é o meu coração

A enxada foi meu sustento 
Diploma minha missão
Os calos que eu ganhei 
Suor que deixei no chão 
Vivo a vida de um doutor 
Mas não morri no sertão 
A viola me fez artista 
Sou só um cardiologista
Caipira é o meu coração

Quem me vê todo de branco 
Nem tem na imaginação 
Eu todo sujo de terra 
Cuidando da plantação 
A chuva faz o molhar 
As veias irrigação 
Molhada é minha vista 
Sou só um cardiologista
Caipira é o meu coração

Um dia quero curar 
As dores do meu irmão 
A doença da saudade 
Mais parece um grotão 
Um vazio aqui no meu peito 
Da espaço a esta canção 
Na cidade sou turista 
Sou só um cardiologista
Caipira é o meu coração

Nesta noite de Luar / Gerson Amaro

Nesta noite de Luar / Gerson Amaro 

Céu amarelo fim de tarde começando 
O sol vai se acanhando, para a lua namorar 
Nesta distancia, com a terra pelo meio
É então que eu semeio , uma rima pra plantar
Sol e a lua , são mesmo apaixonados 
Quase sempre separados , mas insistem em se encontrar 
Mas no encontro é algo tão nobre a forte 
Que a luz tem sua morte , com o eclipse a brotar

Assim eu amo , mesmo estando separado 
Sim eu sou apaixonado , claro nunca vou negar 
Pois o amor , acontece só uma vez 
Então digo pra vocês , ele não pode acabar 
Mesmo que o sol , e a lua se separem 
E nunca mais se amarem , mesmo assim vou te amar 
Pois meu amor é maior que o universo 
Arrepare os meus versos , nesta noite de luar

Companheiro de trabalho Gerson Amaro

Companheiro de trabalho 
Gerson Amaro 


Sou pirangueiro e eu não minto é verdade
Só tenho facilidade de aumentar a minha historia 
Quem conta um conto sempre aumenta mais um ponto
Por isso já estou pronto , pra entrar na sua memória 
Eu conto um caso de canoa e pescaria 
Pescar é minha alegria e a minha diversão 
Acontecido em rio muito famoso 
Já me sinto orgulhoso de cantar esta canção 


Eu bem quietinho avistava numa boa 
Tinha mais de uma canoa que pescava ali comigo 
Canoa simples somente um pirangueiro 
Que aqui trato de guerreiro , e ficou o meu amigo 
Noutra canoa tinha um homem endinheirado 
Percebia seu legado pelas vestes que usava 
Mas pescaria ,o dinheiro nunca manda 
A esperteza é a demanda , que no rio então mandava 


O pirangueiro vestindo simplicidade 
Mas esperto de verdade , pescou logo um dourado 
Aquela luta parecia então vencida , 
Mas a linha e sua corrida , o levou pra enroscada 
Aquele peixe era como o seu sustento 
Sem pensar neste momento ele se atirou no rio 
São sete metros de fundura e aflição 
Não voltava nosso irmão , nos causando arrepio 


E de repente , ele voltou com sua sorte 
Deus o livrou desta morte , e o dourado apareceu 
Quase um metro de peixe que coisa linda 
Eu te juro que ainda , outro destes não nasceu 
Endinheirado tomado por emoção 
E de ver este peixão , já mandou uma oferta 
Dou seis garoupas neste peixe meu amigo 
Seiscentos estão comigo , eu fiquei de boca aberta 


Foi feito a troca o dinheiro foi passado 
No barco tinha o dourado , de tirar até chapéu 
Mas de repente o peixe deu um bailado ,
Deu um pulo com o rabo e e pelo rio , foi se o troféu
Endinheirado quis o dinheiro de volta 
Mas a faca sempre corta , pra quem ta no seu direito 
Aquele peixe fugiu só depois de pago 
Não foi quebrado o trato , que tinha feito o sujeito 


Esta historia eu te juro é verdade 
Eu rimo a simplicidade , mas comecei a pensar 
O Pirangueiro que pescou e vez a venda 
Meu amigo me entenda encontrei ele no bar 
Juntinho dele , com cigarro de paieiro
Ele tinha um companheiro que trucava um baralho 
Era o dourado , seu parceiro de trapaça 
Juntos em uma cachaça , bem depois de seu trabaio

Milagre do Sertão Gerson Amaro

Milagre do Sertão Gerson Amaro 

Eu acredito num milagre enviado 
Que tem mostrado , Deus com todo seu perdão 
Eu acredito que tem anjos espalhados 
Que tem cuidados , nos trazendo a emoção 
Eu conta a historia , de um fato interessante 
Se quer que eu cante , preste muita atenção 
Sou nesta terra filho de de Jesus querido 
Por merecido sou um milagre do sertão 

Um cemitério onde a morte vence a vida
Seca sofrida lá pros lados do Grotão
Nenhuma gota de chuva vinha caindo
E destruindo toda nossa plantação 
Falta de fé , é um cuidado meu amigo 
Se tens sofrido e tem feito indagação 
Este milagre que eu conto nesta moda 
Ninguém me poda de eu cantar esta canção 

Em um canteiro sem uma gota de chuva 
Onde a viúva é quem faz sua irrigação
Nasceu um pé de uma planta com sua alegria 
De melancia , brotou frutos lá então 
Deus doze frutos um pra cada mês do ano
Assim provando , que Deus manda no sertão 
Pois sem a água , melancia então não nasce 
Assim renasce um milagre meu irmão 

Então a vida é que vence sempre a morte 
A nossa sorte é ter nossa oração 
Se um milagre o irmão ta precisando
Fique orando aguardando a provação 
Feito a terra seca de um cemitério 
Onde o mistério tem seu fim neste mundão
Fique atento pois o milagre sempre cerca 
Mesmo na terra seca de um coração

Verdadeira Inspiração – Gerson Amaro

Verdadeira Inspiração – Gerson Amaro

Um agudo e um raio
Um grave de um trovão
A viola é tempestade
Ponteado um furacão
Seu vento me arrepia
Na palma de minha mão
Tempestade se acalma
Quando junta minha alma
Na brisa do coração

Os olhos são ordenhados
Fazendo irrigação
A viola é terra nobre
Onde faço a plantação
A colheita num sorriso
A eterna gratidão
Depois de uma tempestade
Vem sempre a tranquilidade
A bonança vem então

Instrumento tão divino
Verdadeira inspiração
A viola me acompanha
Feito Deus e o sertão
Canto coisas neste mundo
Louvo a Deus com meu irmão
Neste mundo tem espinho
Mas o céu é meu caminho
Minha verdade , minha porção

TAPETE VERMELHO ( GERSON AMARO)

TAPETE VERMELHO ( GERSON AMARO)

Um lindo sonho é o ventre do milagre
Não tem nada que apague , quando quer realizar
Conta a história de uma cura importante
Mais um caso interessante , que Deus vem nos ensinar
Uma criança , inocente adoentada
Numa cama ela deitada ,sem poder se quer brincar
Então sua mãe que sonhou tanto esta cura
Pelo fim desta amargura na igreja foi rezar

Ajoelhada , pediu então o seu sonho
“Meu senhor eu te proponho , de minha filha visitar
Moro ali , na estrada da esperança
Sou só eu , mais minha criança , na tapera , nosso lar
Pegue a estrada vermelha , terra batida
Nossa casa E ACOLHIDA é bem fácil de avistar
Bem na porteira uma cruz foi colocada
Salvação sempre é lembrada , por todos que la passar “

“Lá na colônia , um punhado de casinhas
Parecidas com a minha , mas eu vou lhe explicar
Na minha casa bem a frente uma roseira
No fundo um paineira , onde vou pra descansar
Mas bem na porta ,um tapete vermelhinho
Feito com muito carinho , minha filha quis bordar
Embaixo dele tem uma chave escondida
Que abre minha guarida , pra que possa então entrar”

A nossa vida só um caminho é a verdade
Sem a tal simplicidade , impossível de sonhar
Esta senhora , em sua volta à sua casinha
Viu então sua criancinha , em sua sala a brincar
"Minha mãezinha hoje eu fui visitada
Um Senhor de mãos chagadas , veio aqui pra me curar
Disse que ouviu , sua reza de joelho
Pelo tapete vermelho , que ele veio me encontrar "

Qual o seu sonho ? Qual será sua vontade ?
Qual é sua simplicidade ? Que o amigo quer contar
Sonhe comigo , aguarde seu nascimento
Saiba que a qualquer momento Jesus vai lhe escutar
Em qualquer hora este sonho acontece
Pois Meu Deus nunca se esquece , de quem vai o procurar
Saiba que antes mesmo de ter o gerado
Deus já tinha então sonhado , com você e seu sonhar

Irmão de Rua Gerson Amaro

Irmão de Rua
Gerson Amaro

Em um mercado da cidade
Eu estava a caminhar
De repente me parou um moço
Deu bom dia para me saudar
Tatuagens pelo corpo
Roupas sujas e rasgadas
Muito magro e meio sem vida
No inteiro de sua jornada

Me pediu sua atenção
E pediu para comprar
Um pacote de balas de goma
Pois queria apenas trabalhar
Fui covarde nesta hora
E neguei então auxilio
E me disse “Deus que te abençoe”
Foi ai que eu perdi meu brilho

Tive medo do amigo
Eu confesso minha fraqueza
Não ajudei este pobre irmão
Fui bem rico em minha pobreza
Eu bem pobre de espírito
Fui mentira de maldade
Eu podia sim lhe ajudar
Esta sim era minha verdade

Resolvi, voltei atrás
Então fui o procurar
Encontrei ele no caixa sete
Parecia até me esperar
Perguntei então a ele
Já conseguiu seu dinheiro ?
Ele disse então com um sorriso
“Minha fé mandou eu vir primeiro”

Dei então a minha ajuda
Mas na verdade não dei nada
Mas amigo então recebi tudo
Num abraço, de alma apertada
Meu amigo então se foi
E então eu percebi
Que Jesus também estava lá
Só eu mesmo não reconheci

Suas vestes bem rasgadas
E seu corpo bem marcado
Estava magro em seu sofrimento
Feito Cristo então crucificado
Sim amigo vi um anjo
Que tem seu teto a lua
Toda vês que quiser ver Jesus
Ajude então um irmão de rua