Mundo de hoje em dia Gerson Amaro

Mundo de hoje em dia

Gerson Amaro

O mundo de hoje em dia
Ta mudado não tem jeito
A moda agora no mundo
É defender seu conceito
Todo dia um pensamento
Dizendo ser preconceito
Só não muda a viola
Se não tudo descontrola
Aqui dentro de meu peito

Já tem mulher mais valente
Que muito homenzarrão
Tem velho até malhando
Tem criança em noção
Tem jovem na flor da vida
Vivendo da perdição
As coisas estão mudando
Tem pobre que ta gastando
E rico fechando a mão

O mundo de hoje em dia
Ta mudado não tem jeito
A moda agora no mundo
É defender seu conceito
Todo dia um pensamento
Dizendo ser preconceito
Só não muda a viola
Se não tudo descontrola
Aqui dentro de meu peito


Eu já vi um graduado
Aprendendo uma lição
Eu já vi um sem estudo
Presidente da nação
Doutor sendo medicado
Com remédio do sertão
Empregado ta mandando
Por onde ta trabalhando
Muito mais do que o patrão

O mundo de hoje em dia
Ta mudado não tem jeito
A moda agora no mundo
É defender seu conceito
Todo dia um pensamento
Dizendo ser preconceito
Só não muda a viola
Se não tudo descontrola
Aqui dentro de meu peito

Não é que eu seja contra
A tal da evolução
Mas ando desconfiado
Pois é muita confusão
Já tem homem de vestido
Mulher usando calção
A melhor moda do ano
É de um homem rebolando
Sem nem ter afinação

O mundo de hoje em dia
Ta mudado não tem jeito
A moda agora no mundo
É defender seu conceito
Todo dia um pensamento
Dizendo ser preconceito
Só não muda a viola
Se não tudo descontrola
Aqui dentro de meu peito

A Rainha do Sertão - Gerson Amaro / João Paulo

A Rainha do Sertão - Gerson Amaro / João Paulo

Hoje eu queria estar sozinho numa mata ,
Ver a cascata , e um gemido de um trovão
Queria então uma chuvinha mansa e calma
Lavar a alma de verdade meu irmão
Queria andar de pés descalços e pisando
E assentando as folhas secas pelo chão
Ouvir o som e silêncio da beleza
Da natureza , a Rainha do Sertão

Interagir com animais de todo tipo
Que Deus bendito colocou neste mundão
Agradecer por tudo que estou sentindo
Claro sorrindo , com meu pobre coração
Ser respeitado por aquilo que respeito
Pois nesta mata eu não vejo confusão
A natureza sempre é a majestade
Pois na verdade é a Rainha do sertão

Ali esqueço os problemas deste mundo
E num segundo, fico cheio de emoção
Ali na mata , nada mais me incomoda
Canto esta moda , pois me veio inspiração
Aqui me sinto  um rei digo com humildade
Pois a saudade nóis só tem do que é “bão “
Eu sou o Rei que ama tanto esta grandeza
E a natureza é a Rainha do Sertão

Nova Florada - Gerson amaro

Nova Florada - Gerson amaro 

O caipira plantou e plantou
Mas terra não lhe respondeu
Ele fez tudo o que ele podia plantou alegria
Mas nada nasceu
Plantou a melhor das sementes
Amor tão presente que Cristo nos deu
Mas a terra sem dar importância , pediu a distancia , o caipira era eu

O caipira plantou e plantou
E jamais desistiu do que é seu
Preparou a terra novamente , o passado em presente
O futuro não deu
Plantou de novo o seu carinho
Mas nem um pezinho de amor converteu
E a terra com todo orgulho , não rendeu debulho , não o acolheu

O caipira então abandonou
E a terra se arrependeu
Só ganhou muitas ervas daninhas , nem uma plantinha
Por lá mais sucedeu
A saudade então do caipira ,
Que a moda inspira , a derrota... venceu
O caipira a distancia e a terra , sofrem a espera do que aconteceu

O caipira voltou e voltou
A terra que um dia o esqueceu
Trabalhou claro mais que dobrado , ele foi o arado
E a ira de Deus
A terra se sentiu tão amada ,
Que uma nova florada , então apareceu
O amor que claro os envolvia , a terra escondia , o amor renasceu

A saga de um caipira ( Gerson Amaro)

A saga de um caipira ( Gerson Amaro)

Nasceu numa tempestade
Num dia seis de janeiro
Um caipira por inteiro
Protegido pelo santo reis
Nasceu de uma vontade
Filho de um boiadeiro
Um herói ,mais um guerreiro
Que hoje nasce pra vocês

Sua mãe era Maria
Um santa em sua casa
Eu já vi anjo sem asa
Muito mais que uma vez
Uma luz e uma alegria
Um amor que extravasa
Um calor feito uma brasa
Coração sem timidez

Criado na humildade
Foi pisando pé no chão
Neste solo do sertão
Na fartura ou escassez
Teve em sua mocidade
De amigo a oração
As noites de São João
Sua fé não foi talvez

Numa noite de silencio
O seu pai então partiu
Era noite , era frio
Acontece a viuvez
Um adeus a Inocêncio
Um herói de puro brio
Sua mãe não resistiu
Morreu depois de três mês

A tristeza apareceu
O caipira então conhece
Que neste mundo padece
Da tristeza foi freguês
O Caipira então perdeu
Quem perde , sim adoece
Quem lembra nunca esquece
A falta de ter os três

Um caboclo já formado
Foi em busca de sua terra
O seu sonho sua quimera
De plantar sonhos de vez
Hoje ele esta casado
Mora lá no pé da serra
Uma luz ele espera
Outra historia ele fez

O seu filho hoje nasce
Numa noite sem trovão
É dia de São João
Luz no fim da gravidez
Em Junho então renasce
Em meu pobre coração
Essa rima de emoção
Que hoje canto pra vocês

O passado já se foi
Futuro ainda não veio
O presente é o meio
Inteiro tudo outra vez
Na lida , de novo boi
Caipira agora é esteio
Certeza não faz o feio
Bonito é não ter talvez

Segue a vida o matuto
Com saudade pra contar
Com a vida pra inteirar
Uma família de três
Seu filho já tem seu tudo
Caipira vai se formar
Nova saga um novo lar
Caipira inteiro , outra vez

Lembrança para recordar - Gerson Amaro

Lembrança para recordar - Gerson Amaro

Eu conto agora sobre a importância de se ter infância e também um lar
Eu sou de um tempo muito diferente onde o inocente queria brincar
As brincadeiras eram divertidas e não pervertidas como irei mostrar
A inocência de uma criança hoje é só lembrança , para recordar

Era bem simples só uma latinha , que vinha sardinha , pra gente usar
Um carretel de linha já usado , era o imaginado roda pra rodar
Então é claro que com o carinho , fazia um carrinho pra se orgulhar
Um gravetinho , um metro de barbante , um motor possante para então puxar

Uma motorista de uma carreta , hoje minha caneta me fez eu rimar
Naquele móvel , então de costura , fazia a postura pra se imaginar
O meu guia era naquele instante , a roda era o volante para eu guiar
E no pedal daquela vigorelli , Da Vovó Aracelli eu pude me sentar

Só uma folha de jornal usado , quando bem dobrado fazia sonhar
Um chapeuzinho feito de papel , fazia eu coronel , fazia eu marchar
E um pedaço de qualquer madeira , uma brincadeira para galopar
Um cavalinho era então da guarda , meu chapéu a farda , fácil de dobrar

Hoje em dia não se vê mais isso , tudo é compromisso pra escravizar
Não tem nas ruas crianças brincando , estão só pensando no tal celular
Não vejo mais uma bola de meia , nem campo de areia para se jogar
Esse presente não vai ter futuro , meu passado eu juro ,eu quis aqui lembrar

TEMPO AO TEMPO – GERSON AMARO

TEMPO AO TEMPO – GERSON AMARO

QUANTAS LEMBRANÇAS VIERAM A MINHA MENTE
DE UM TEMPO INOCENTE QUE JÁ NÃO EXISTE MAIS
HOJE EM DIA O TEMPO JÁ SE RALEIA
O TEMPO É UMA AREIA QUE ESCORRE POR DEMAIS
EU SOU DE UM TEMPO QUE EXISTIA A HUMILDADE
HOJE O TEMPO É SÓ SAUDADE , LÁ DO TEMPO DOS AGAIS
A HUMANIDADE JÁ NÃO TEM TEMPO PRA NADA
É UMA GUERRA DECLAMADA , SEM A BANDEIRA DE PAZ

SIM EU REPITO ESTA PALAVRA DOLORIDA
POIS O TEMPO É UMA VIDA , QUE CONSOME O NOSSO GAZ
TÃO ME DIZENDO QUE O TEMPO SEMPRE VOA
MAS É SÓ O TEMPO A TOA , COM SEU TEMPO TÃO FULGAZ
NÃO TENHO PRESSA DE MEU TEMPO APRESSADO
POIS ELE SERÁ PASSADO , DO PRESENTE E SEU CARTAZ
CADA SEGUNDO O TEMPO MUDA PARA SEMPRE
RIMO TEMPO NOVAMENTE PRA MOSTRAR COMO É QUE FAZ

DESCULPE AMIGO SE ENTÃO TOMEI SEU TEMPO
SEI QUE FOI SÓ UM MOMENTO , POIS TEMPO NÃO SATISFAZ
AQUI ENTÃO EU TIVE TEMPO ATÉ DE SOBRA
EU RIMEI TEMPO , COM COBRA , E SEU VENENO TÃO SAGAZ
EU NÃO AUMENTO O TEMPO DE MINHA VIDA
O TEMPO É A CORRIDA , E TEM O SEU CAPATAZ
ATÉ A MORTE SABE ENTÃO O TEMPO DA GENTE
O TEMPO É A CORRENTE , QUE O DESTINO ENTÃO NOS TRAZ

PAPAGAIO FALA MUITO - GERSON AMARO

Me perdoem se não esta 100% mas pelo menos começou a sair rimas de novo , tudo passa ...


PAPAGAIO FALA MUITO - GERSON AMARO


No mundo de hoje em dia
Ta cheio de adversário
Não respeita o caipira
Seu livro é o dicionário
Se achando importante
Gastando vocabulário
Eu falo errado de fato
Mas um dia aqui no mato
Ganho um mês do seu salário


Papagaio fala muito
Mas não voa lá em cima
Da bom dia pra cavalo
Humildade não ensina
A águia não fala nada
Mas sobe até lá no céu
Acima de um Rei a toa
Tem sempre uma coroa
Mas não usa o meu chapéu


Outro dia lá na roça
Ouvi este comentário
“A roça é coisa chata
Deus me livre do diário “
Fiquei mei aborrecido
Respondi ao empresário
“Gostoso então deve ser
Cheirar seu rio Tietê
Que nem serve de aquário “


Papagaio fala muito
Mas não voa lá em cima
Da bom dia pra cavalo
Humildade não ensina
A águia não fala nada
Mas sobe até lá no céu
Acima de um Rei a toa
Tem sempre uma coroa
Mas não usa o meu chapéu


Sou caipira sou da roça
Este é o meu cenário
A cidade é importante
Nunca disse o contrario
Pois perante a nossa lei
Somos o igualitário
Mas respeite o caipira
Que retruca a mentira
Seja pobre ou milionário


Papagaio fala muito
Mas não voa lá em cima
Da bom dia pra cavalo
Humildade não ensina
A águia não fala nada
Mas sobe até lá no céu
Acima de um Rei a toa
Tem sempre uma coroa
Mas não usa o meu chapéu

Naquela Estrada – Gerson Amaro

Naquela Estrada – Gerson Amaro

Naquela estrada eu jamais irei passar
Pois foi com ela que encontrei meu grande amor
Estrada velha de poeira ali da roça
Não há quem possa hoje sentir a minha dor
Naquela estrada quantas vezes eu passei
Na chuva forte enfrentando tempestade
Hoje então chove nos olhos deste caboclo
Que pouco a pouco , vai sofrendo de saudade

Naquela estrada eu jamais irei passar
Nem que eu tenha que dar a volta no mundo
Estrada velha de poeira ali da roça
Hoje destroça um coração em um segundo