terça-feira, 28 de abril de 2015

Dez cordas de aço Gerson Amaro/Heber Martins

Dez cordas de aço Gerson Amaro/Heber Martins Não sou melhor que ninguém Mas amo aquilo que faço Nosso ponteio é dez Já "ganhamo" nosso espaço Nosso jeito é caipira Se não gosta um abraço Aqui é tudo amigo O Povo é tudo unido Pelas dez cordas de aço Nosso pagode é ligeiro Aqui não sai do compasso As cordas que nos encantam É mais forte que a do laço A força vem do meu peito
Meu peito é meu outro braço
Aqui é tudo amigo
O Povo é tudo unido Pelas dez cordas de aço

domingo, 26 de abril de 2015

Sou Malaquias Sou Viola Gerson Amaro​

Uma simples homenagem a um homem simples , Malaquias da viola um Brasileiro

Sou Malaquias Sou Viola
Gerson Amaro​

Eu nasci no interior
Malaquias é meu nome
Viola o sobrenome
Minha história vou contar
Eu sou pobre de nascença
Mas isso nunca foi ofensa
Minha vida foi lutar

To na lida desde os sete
Já fiz tudo de um pouco
Já me chamaram de louco
Mas também não me ofendi
Boia fria e candeeiro
Geada e frio de companheiro
Mas eu nunca desisti

Já topei e bati de frente
Cobra e espinho de sapé
Marimbondo dei no pé
Vaca braba me pôs pra correr
Já comi pra mais de um mês
Este caipira muitas vez
Só tinha inhame pra comer

Mas também me diverti
Nos grandes bailes da vida
Minha estrada era vivida
Mas veio então,  divisão
Minha  família dividia
Pra cidade que nóis ia
Não era meu mundo não

Ao fazer meus vinte anos
Fui cumprir  um mandamento
Veio então o casamento
E casei com meu amor
Meu trabalho era difícil
Era como um sacrifício
Mas do Lixo nasce a Flor

E no meio de algo triste
Conheci um companheiro
Violão veio primeiro
Anunciando sua chegada
Veio meio preparando
Pois estava me chegando
Minha eterna namorada

E assim a conheci
Finalmente a alegria
Coisa que me contagia
Que me fez encantamento
Viola minha parceira
Minha bela companheira
Meu segundo casamento

Hoje levo minha vida
E me sinto orgulhoso
Não sou  um rei famoso
Mas com orgulho sei quem sou
Sou um simples violeiro
Um honesto brasileiro
Que sua vida conquistou

Levo firme meu legado
Aqui dou meu testemunho
Ergo forte o meu punho
E tenho obrigação
Faço a minha viola
Minha vida é uma escola
Ensinando o meu sertão

Que a "Dona Piedede"
Nos conceda a vitória
Levo firma na memória
Toda minha geração
Lá do céu me abençoando
E a historia terminando
Minha Mãe , Sua benção!

sábado, 25 de abril de 2015

Duas Marias - Gerson Amaro ( encomenda)

Duas Marias
Gerson Amaro

Ainda me lembro
do meu tempo de escola
os cadernos na sacola
e cedo a levantar

Minha mãezinha
acordava bem cedinho
preparava o cafézinho
para gente ir tomar ...

A minha roupinha

bem passada e branquinha
tinha até a butininha
que o meu papai comprou...

Minha lancheira
tinha mais que um lanchinho
tinha amor e o carinho
a mamãe que arrumou


Duas Marias
Que ensinava direitinho

Suave era o caminho
Que elas me apresentou

Duas Marias

Eram minhas professoras
Adoráveis benfeitoras
Que Deus me  abençoou

Hoje agradeço
Em nome de todo mundo
Este amor mais profundo
Fica Nossa Gratidão

Duas Marias
Como  a mãe do meu Senhor
Que ensinou o puro amor
Bem no meio do sertão




sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Tamanho de Deus - Gerson Amaro



O Tamanho de Deus
Gerson Amaro

Hoje cedo meu filhinho
Veio logo perguntar
Uma pergunta difícil
De resposta arranjar
Queria ele saber
Que resposta eu ia dar ?
Papai eu sou filho teu
Qual é o tamanho de Deus
Papai pode me explicar ?

Eu pedi só um momento
E no quarto ajoelhei
Pedi a Deus a resposta
E orando aguardei
E veio em minha mente
Muito forte , eu guardei
“Por favor vamos lá fora
Sua resposta é agora "
Que eu lhe responderei

Ao chegar em meu quintal
No céu tinha um avião
Eu perguntei ao meu filho
Qual seu tamanho então ?
Ele respondeu ligeiro
Querendo minha atenção
“Papai este aviãozinho
É muito pequenininho
Segundo a minha visão"

Então demos um passeio
Ao aeroporto o levei
E o mesmo avião
Para meu menino mostrei
Eu repeti a pergunta
E a resposta ganhei
“ Papai agora pertinho
Vejo que o aviãozinho
É maior que imaginei ”

Assim é o nosso Deus
Assim é sua beleza
Pois Deus fez o universo
A terra e  a natureza
Sempre existe resposta
Que quebra a esperteza
Quanto mais perto estamos
Quanto mais se aproximamos
Percebemos sua grandeza

Minha Verdade Gerson Amaro​



Minha Verdade
Gerson Amaro​

Já faz muito tempo , que não sinto o vento
Do interior
Já tenho saudade , da minha verdade
De ver uma flor
Da minha casinha , tão pequenininha
Mas grande no amor
Ver um sabiá , alegra a cantar
O perfeito cantor

Ver o rio das antas , aguar minhas plantas
Da horta cuidar
De ir pra colheita , café de empreita
Para abanar
De andar de cavalo, saudade que falo
Para passear
De ir para igreja , ver minha sertaneja
no banco rezar

Hoje minha vida , é muito comprida
Aqui na capital
Tudo preto e Branco , só me traz o pranto
Não é meu normal
Me sinto cansado e quase aposentado
Sinto muita dor
Quero descansar, eu quero voltar ...
Para o interior ...

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Moleque traquina Gerson Amaro

Moleque traquina
Gerson Amaro

Quando eu era pequeno
Era moleque e traquina
Eu gostava de aprontar
Ser criança é minha sina
Sete sete são quatorze
Nossa  escola ensina
Eu fiz uma confusão
Na beira do estradão
Que ninguém mais imagina

Eu voltava da escola
E na minha vó pernoitei
Dormi no quarto do tio
E de manhã acordei
Na beirada de sua cama
Foi então que avistei
Um maço de campeão
Cigarro nunca foi bão
Mas mesmo assim eu furtei

Mas um erro puxa o outro
E na consciência pesei
Se o meu pai me descobre
Com o cigarro que peguei
Era um fumo na certa
Em casa apanharei
Então deixei na estrada
Numa peroba fincada
Que no caminho encontrei

Então só por traquinagem
Um cruz eu desenhei
Em vorta do dito maço
Falso feitiço eu criei
Mas era de brincadeira
Esta ideia que tramei
Eu fui direto pra casa
Pois espeto não atrasa
Foi assim que eu pensei

No outro dia cedinho
Eu fui então pra colheita
O café era de a meio
Quase que uma empreita
já de longe  avistei
E fiquei só na espreita
O povo que conversava
Um feitiço que rondava
Uma macumba bem feita

O Fazendeiro nervoso
Quando viu este malfeito
Chutou o falso feitiço
E ficou meio sem jeito
Uma dor veio de encontro
Na cabeça e no seu peito
Veja a mente da pessoa
Sua saúde tão boa
Ficou doente ,o sujeito

Foi então que avisei
O malfeito  enganoso
Eu disse que tinha sido
Só um moleque teimoso
Eu tinha feito o errado
Não fui menino zeloso
O povo até hoje conta
Pois eu levei uma bronca
E este caso foi famoso

segunda-feira, 20 de abril de 2015

2000 modas de viola "SÃO MAIS DE 100 CDs MENOS DE UM REAL POR CD"

 Clique em meu nome > Gerson Amaro​ < me me chame imbox no chat do Facebook
COM A RENDA PRETENDO FAZER UM LIVRO COM MEUS POEMAS
Whats app 14 997833424

AGORA COM 2000 MODAS !!!!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Saudade do Caboclo - Gerson Amaro



A Saudade do Caboclo
Gerson Amaro

Minha viola chorou
E não chorou de alegria
As lagrimas que caíram
Ponteram a melodia
Num acorde eu lembrei
A saudade que judia
Saudade do meu cantinho
Meu Precioso Sitinho
Que eu plantava e colhia

A porteira quando abriu
Pra passagem derradeira
Partiu o meu coração
Deixei minha vida inteira
Em cima de um caminhão
Mudança de companheira
Eu parti para cidade
Deixei a felicidade
Quando fechou a porteira

Minha vida não é minha
Nem sou dono de ninguém
Sinto saudade de tudo
Aqui nada me convém
Meu tudo é minha roça
Minhas criação também
Hoje vivo na cidade
Eu morro só de saudade
O Caboclo nada tem

Uma e Duas Gerson Amaro



Uma e Duas
Gerson Amaro
Uma rima ,uma amizade
Na escrita do poeta
Uma Moda ponteada
Um violeiro desperta
Uma viola que toca
Um coração que aperta
Uma saudade que chega
Uma moda nois acerta
Duas violas é dupla
Coisa boa e perfeita
Duas estrofes cantadas
Coisa boa, nois respeita
Duas vozes bem casadas
Coisa boa , nois aceita
Duas conversas da moda
Coisa boa nois ajeita

TÁ DE VORTA GERSON AMARO



TÁ DE VORTA
GERSON AMARO

Não há mal que sempre dure
Não há quem  feche uma porta
Pois só Deus é quem decide
Quando chove numa horta
Nossa Senhora na frente
Dois Anjinho de  escolta
Com a viola na mão
Levando a tradição
João Carreiro está de vorta

A língua de quem falou
Já é uma língua morta
A vida de que julgou
Sempre foi uma vida torta
Uma pessoa que julga
Dez amigos nos conforta
Com a viola na mão
Levando a tradição
João Carreiro está de vorta

Amigo seja bem vindo
É nossa faca que corta
É o violeiro que presta
É violeiro que importa
Na viola Tião Carreiro
Nos ensina essa nota
Com a viola na mão
Levando a tradição
João Carreiro está de vorta

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O TEMPO DA BRINCADEIRA - GERSON AMARO






O meu tempo de brincar era muito melhor ...
Quem concorda ?

O TEMPO DA BRINCADEIRA
GERSON AMARO

Hoje a tal molecada
Só quer saber de zoeira
Só ficam no Facebook
Deitado e de bobeira
É um tal de vídeo game
E celular na “oreia”
Aqui eu vou explicar
Como que era brincar
No tempo da brincadeira

A cordinha de barbante
Eu enrolava o pião
Ele saia rodando
Eu o apanhava com a mão
Eu deixava colorido
Urucum e açafrão
Um pedaço de madeira
Um prego na sua beira
Era nossa diversão

Uma bolinha de vidro
Feito da areia do mar
Eu carregava aos montes
Eu tinha até um emborná
A molecada do sitio
Queria sempre apostar
Lá na beira do açude
Jogava bola de gude
Até a gente cansar

um pedaço de papel
De bambu era a vareta
As vezes até jornal
Voava igual borboleta
A mãe que dava a linha
Um retros da sua gaveta
O vento era nosso amigo
O céu não tinha perigo
Papagaio e capucheta

Juntava tudo as crianças
Para brincar no terreiro
Uma bolinha de meia
Corria o tempo inteiro
Na hora de ir pra casa
hora de entrar no chuveiro
A gente aproveitava
Brincando muito sujava
Os pé era bem vermelho

Hoje a tal molecada
Só quer saber de zoeira
Só ficam no Facebook
Deitado e de bobeira
É um tal de vídeo game
E celular na “oreia”
Aqui eu Já expliquei
Do jeito que eu brinquei
Saudades das brincadeira

www.gersonamaro.blogspot.com.br

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Obrigado !



O que seria do mundo sem os amigos ?
Sem a amizade...?
Margarete Ferroni muitíssimo obrigado por ter me enviado este presente que jamais irei esquecer , foi para São Gonçalo que pedi o dom de ser compositor de musica sertaneja raiz e hoje um ano e meio depois tenho já 450 letras e poemas que falam sempre da simplicidade do povo sertanejo ....
Muito obrigado me emocionei de verdade na hora que aqui chegou seu presente , Deus lhe pague !

Três Pedidos Mineiro - Gerson Amaro


Conhece algum mineiro ? Uai é só trocar o nome e enviar pra ele esta minha moda rsrsrs

Três Pedidos Mineiro
Gerson Amaro

Esta historia que conto
Aconteceu com um mineiro
Meu amigo José Mauro​ ( ou o  nome de seu amigo )
Meu velho bom companheiro
Um mestre com sua viola
Um baita de um violeiro
Um dia pela colina
Achou uma lamparina
No meio de um lameiro

A lamparina bem suja
Precisava então limpar
Ele pegou um paninho
Que tinha em seu emborná
Saiu de lá uma fumaça
Uma loira de matar
O gênio da lamparina
Era uma linda menina
Boa pra se apaixonar

A menina então disse
“Pode fazer três pedidos
Mas pense bem no que pede
Pra não ser arrependido
Três pedido eu lhe dou
Só três pedidos consigo
Aquilo que desejar
Até se quiser beijar
Você vai ser atendido

Meu amigo então pensou
E pediu logo ligeiro
Eu quero um queijo gostoso
Daquele feito mineiro
Um queijo apareceu
De longe vinha o cheiro
O queijo melhor do mundo
E o meu pedido segundo
Vai  ser igual o meu primeiro

Dois queijos e dois pedidos
Só faltava o terceiro
Então este meu amigo
Foi uma pouco mais faceiro
Pediu pra linda menina
Eu não vou pedir dinheiro
Realize meu  desejo
E me de logo um beijo
Igual de filme estrangeiro

Com tudo então consumado
Os dois queijos no emborná
A menina quis saber
"Eu posso aqui perguntar ?
Porque pediu os dois queijos
Só depois quis me beijar ?"
Na verdade meu desejo
Era pedir outro queijo
Mas não quis lhe esnobar

domingo, 12 de abril de 2015

Recado do Céu --Gerson Amaro


Recado do Céu

Gerson Amaro

Só depois de muitos anos 
Que meu papai faleceu
Que eu voltei lá no sitio
Saudade me escondeu
Eu fiquei meio perdido 
Mas sei o que aconteceu
Um tempo bem afastado
Pois sem papai ao meu lado 
No sitio eu não era eu 

Foi abrindo a  porteira
Que o meu coração abriu
Velha casinha de tábua
Seu piso vermelho e frio
No lado o fogão de lenha
De lenha tava vazio
Tava tudo abandonado
Pois sem papai do meu lado
Só me sobrou um arrepio

Quando cheguei lá na tulha
Muita coisa eu encontrei
No alto bem pendurada
Uma canastra avistei
De madeira e de couro
Eu logo então lembrei
Um tempo de carreado
Pois sem papai do meu lado
Esta vida abandonei

Dentro daquela canastra
Eu encontrei um chapéu
E dentro tinha um recado
Escrito em um papel
Com cuidado eu peguei
Com o fosse um troféu 
Sentimento foi mudado
Senti papai do meu lado
Era um recado do Céu

Neste simples papelzinho
Um recado me deixou
"Nunca deixe o carreado
Herança que eu lhe dou
Este chapéu que lhe deixo
Foi seu avô que usou
Um chapéu abençoado
Ficou sempre do meu Lado
Sempre me abençoou "

Hoje a vida que levo
É sempre simplicidade
Hoje eu  moro no sitio
Não moro mais na cidade
A herança de meu pai

Um chapéu e uma verdade
Minha vida é o carreado
Sinto papai do meu lado
E assim vivo minha saudade

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A MORTE DO PIRANGUEIRO Gerson Amaro


Uma moda no jeitão mais antigo de se escrever ...

A MORTE DO PIRANGUEIRO
Gerson Amaro

Na água da seriema
A seriema passou
E foi na água do rosa
Que uma rosa ali brotou
Na água do rio vermelho
Foi um sangue que manchou
Meu amigo pirangueiro
Valente João Guerreiro
Com a morte se encontrou

O sangue manchou a água
Por causa de um animal
Uma onça que escondia
No meio de um cafezal
Defendia sua cria
Pois isso é natural
Meu amigo ali pescava
Por isso não esperava
Seu destino ,seu final

A onça veio de encontro
E foi meio covardia
Atacou o meu amigo
Enquanto ele distraia
Atacou o seu pescoço
E meu amigo sofria
A onça que o atacou
Também morta lá ficou
Uma facão o protegia

Vendo que ia morrer
João Guerreiro deixou
Num papel que ele levava
Seu testamento mandou
“Eu deixo as minhas traias
Pra aquele que me achou
Mas hoje morro feliz
Pois fazia o que eu quis
Um pirangueiro eu sou”

Já não existia vida
Quando achei meu amigo
Não me esqueço da cena
Foi um dia dolorido
A água do rio vermelho
Foi este o nome escolhido
Meu amigo pirangueiro
As  traias do João Guerreiro
Até hoje estão comigo

CONTATO


Casinha de Tábua Gerson Amaro



Casinha de Tábua
Gerson Amaro

Casinha de tábua
Chão de vermelhão
A minha emoção é lhe visitar
Abrindo sua porta eu abro meu peito
Com muito respeito venho recordar

Casinha de tábua
De lenha é o fogão
Que o meu coração também o aquece
Nas noites de frio sua taipa é famosa
Ouvindo as prosas que ninguém esquece

Casinha de tábua
A minha Lembrança
Tempo de criança em volta a brincar
Também de madeira o meu cavalinho
Que meu papaizinho veio a fabricar

Casinha de Tábua
Eu lhe agradeço
Eu nunca me esqueço, de sempre lembrar
A minha casinha feita de madeira
Minha companheira meu primeiro lar

Casinha de tábua
Sou agradecido
Pois foi lá contigo minha criação
Lembro-me de meus pais e dos meus amigos
Meu templo querido minha gratidão

Casinha de tábua
Hoje esta vazia
E sem alegria , está na solidão
Eu volto um dia pra sempre amiga
Casinha querida da minha canção

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Estrada de Chão Gerson amaro


Estrada de Chão
Gerson amaro

Estrada de chão ,poeira no ar
Quero aqui falar por onde eu passei
Aquela estrada bem irregular
Que o meu caminhar Minha vida tracei
Estrada de chão que corta a fazenda
Amigo me entenda o que eu vou dizer
É só uma estrada de barro batido
Meu chão preferido não vou te esquecer

Estrada de chão na chuva molhada
A terra encharcada com barro a brotar
A dificuldade que nela enfrentei
Também ensinei meus filhos passar
Estrada de chão o sol que te aquece
Eu sei que merece ser mais que batida
Minha velha estrada minha companheira
És a verdadeira estrada da vida

terça-feira, 7 de abril de 2015

A BONEQUINHA DE MILHO Gerson Amaro



A Bonequinha de Milho
Gerson Amaro

Parte Falada (opcional)

"Lá no sitio é diferente
Tudo se aprende cedo
O Caipira desde pequeno
Que fabrica seu brinquedo
Ele fabrica a esperança
Para também vencer seu medo
Esta moda que eu canto
Pois um fim num certo pranto
Eu te conto este segredo"

Parte Cantada :

Te preparo pra contar
Uma historia diferente
A historia de um pai
E a filhinha doente
A menina não andava
Lhe digo infelizmente
O pai saiu a procura
Queria ver sua cura
Tinha isso em sua mente

Onde a menina ia
Levava sempre com ela
Uma boneca de milho
Feita de palha amarela
Bonequinha bem bonita
Nunca vi outra daquela
Era meio que rainha
Pois uma coroa tinha
Bem feita e muito bela

Quando chegou o doutor
Pra menina examinar
Ao ver a boneca junto
Já foi então perguntar
“Vejo que tem um brinquedo
seu nome vai me falar ?”
“ Doutor minha alegria
Tem o nome de Maria
Mas não é para brincar”

“Essa boneca de milho
Eu fiz com muito amor
É mais que uma boneca
Acompanha minha dor
Eu fiz minha bonequinha
Lhe digo agora o valor
Essa boneca querida
É a mãe Aparecida
É a mãe do meu Senhor”

O Doutor já estranhou
Pois notou uma melhora
Pois a menina sentia
Os seus dois pezinhos agora
Chamou então o seu pai
E disse assim nesta hora
“ Um milagre aconteceu
Te juro que não foi eu ...
Foi então Nossa Senhora

A menina hoje anda
Nunca mais adoeceu
A bonequinha de milho
Por ela intercedeu
Não importa seu feitio
Mas a fé que Deus lhe deu
A bonequinha de milho
Nossa Senhora e seu Filho
O milagre aconteceu

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Minha Roça Gerson Amaro


Minha Roça
Gerson Amaro

Eu queria hoje mesmo
Fazer a minha vontade
Ser feliz só do meu jeito
Minha pura honestidade
Meus  Deus tudo que almejo
Eu tenho só um desejo
Minha roça  minha verdade

Acordar de manhãzinha
Com o amigo cantador
O galo aqui na roça
É o meu despertador
Meus  Deus tudo que almejo
Eu tenho só um desejo
Minha roça , o meu valor

Sentir o cheiro do mato
Uma brisa em meu rosto
Um cantar de um bem te vi
Compositor bem  disposto
Meus  Deus tudo que almejo
Eu tenho só um desejo
Minha roça é o meu gosto

Eu tenho aqui no peito
Levo firma esperança
Um dia eu volto pra lá
A porteira me alcança
Meus  Deus tudo que almejo
Eu tenho só um desejo
Minha roça minha herança

Parceira de alma Gerson Amaro


Parceira de alma
Gerson Amaro

Meu coração hoje pede
Para falar de um amiga
Uma velha companheira
Nesta estrada tão comprida
Traduz o meu coração
Em poemas  e  canção
Escrevendo minha vida

Sua tinta que conduz
No mexer de minha palma
Sua escrita minha luz
Os  versos que me acalma
Traduz o meu coração
Em poemas e  canção
Minha parceira de alma

Um dia sem escrever
É como não respirar
Um dia sem ela ver
Os meus versos vão faltar
Traduz  o meu coração
Em poemas e  canção
Minha forma de amar

A vejo toda manhã
E  ela então me convida
Escreva só mais um verso
Antes de sua partida
Traduz  o meu coração
Em poemas e  canção
Minha caneta querida

ROUPA VELHA Gerson Amaro (versão pra ser cantada)



ROUPA VELHA

Gerson Amaro

Esta história que eu conto
talvez sirva de lição
Para nunca se julgar...
Um próximo ,um irmão ...

Não é pela sua roupa
E nem por sua aparência
Que então seremos julgados
Medirão a nossa decência

***
Um dia um amigo meu
Saiu da sua propriedade
Estava sujo de terra
trabalhador de verdade

Ele foi até o banco
Para sacar um dinheiro
Mas um gerente bem novo
Não atendeu então o guerreiro

***
Ele pediu atenção
Daquele novo gerente
"Meu Deus mas quanta bagunça
Será que ninguém me atende? "

Então o almofadinha
Usando de sua gerência
"Gente de mais importância
Tem a nossa preferência!"

***
"Pra ser melhor atendido
Precisa vestir melhor
Ter mil cabeça de gado
Ter gravata e paletó






Ter um carro bem vistoso
De preferência importado
Ter uma loira bonita
Pra , chamar Eu de lado! "

***
"Vou atender o seu pedido"
o fazendeiro  então riu
"Vendo 30 mil cabeças
E sobra então suas 1000 !"

"Vendo toda minha frota
quase toda caminhão
me sobra uma caminhonete,
Importada do Japão!

***
Não é com uma loirinha
Que eu vou aparecer
Será com a minha esposa
e filha que vai nascer

Agora o Sr. me desculpe
Minha pressa é bem maior
Vou transferir meu dinheiro
Para um banco bem melhor

***
Repare essa minha roupa
Que eu to vestindo agora
Eu sei que ela está suja
Mas se lavar ,já melhora

Já essa sua roupinha
Eu sei nunca viu um pó
Não tem nenhuma importância,
E isso eu tenho até dó
Não troco nem na orelha
Essa minha roupa velha
Por esse seu belo paletó!

Meu NONO Gerson Amaro


Meu NONO
Gerson Amaro

Amigos peço licença
Pra contar uma história
De alguém que amo muito
Que ficou em minha memória
Meu Nono Mario querido
O Meu vovô meu amigo
Meu exemplo minha vitória

Ainda o vejo sentado
Na cadeirinha de balanço
Que ele mesmo que fez
Nas horas de seu descanso
Meu nono bão carpinteiro
O Meu vovô companheiro
Meu exemplo meu avanço

A família reunida
Valia mais que o ouro
Na cuia o chimarrão
Seu costume duradouro
Meu nono quanta saudade
O meu vovo de verdade
É o meu maior  tesouro

Hoje eu te agradeço
Por tudo que sou agora
Pois ensinou o meu pai
Ele me ensina por hora
Meu nono  minha herança
Meu vovô hoje descansa
Junto com nossa senhora

Os Bandidos e a Biblia Gerson Amaro


Os Bandidos e a Biblia
Gerson Amaro
O mundo de hoje em dia
Ta girando do avesso
Eu canto a minhas modas
pra Deus eu sempre agradeço
Mas existe a mardade
Eu sei e eu não esqueço
Este caso que eu conto
eu não aumento um ponto
Pois mentira tem seu preço

Na cidade Promissão
No meu estado querido
Na fazenda Bom Jesus
Chegou então três bandido
Renderam o casal caseiro
Correram este perigo
Muitas coisas eles roubaram
E também eles levaram
O carro do meu amigo
Na fuga tiveram medo
E decidiram esconder
Um canavial bem fechado
Um mal foram ali fazer
Tacaram fogo no carro
Pra o mal satisfazer
O fogo se alastrou
Os bandidos já cercou
Não deu tempo de correr
No outro dia bem cedo
A policia encontrou
O carro todo queimado
Três corpos também achou
E teve ainda um mistério
Que Deus ali revelou
Um bíblia foi achada
Nenhuma folha foi queimada
O Bem com o mau acabou
O mundo ta do avesso
Eu sei tem muita maldade
Mas Deus é sempre prumo
Que ajeita nossa humildade
Não a fogo neste mundo
Que queime toda bondade
Pois aqui na nossa terra
este caipira não erra
Quem manda é Deus na verdade

sábado, 4 de abril de 2015

Os Três Pedidos - Gerson Amaro​


Os Três Pedidos
Gerson Amaro

No mundo a natureza
Sempre tem sua razão
Conta esta breve história
Cantada com emoção
A história de três parceiras
Três arvores companheiras
Crescendo juntas então

Quem aqui já teve um sonho?
Pois ela tinham também
Três desejos elas tinham
Também tinha três porém
Eu conto agora a historia
Guarde firme na memória
Depois diga o seu amém

Queria ser um Baú
Para guardar um bom tesouro
Queria ser um navio
Pra levar reis com seu ouro
Queria ser bem vistosa
Uma arvore famosa
No alto de um belo morro

Mas a vida tem o seu rumo
Nem sempre é do nosso jeito
A primeira virou cocho
Segunda um bote estreito
O sonho então da terceira
Virou vigas de madeira
Guardada sem um respeito

Mas Deus é sempre o Prumo
O sonho aconteceu
O cocho teve o tesouro
Berço que  Jesus nasceu
O bote então carregou
Um Rei que o mar acalmou
Jesus ele obedeceu

E o terceiro pedido
Sexta feira da paixão
As vigas se ajuntaram
Formando uma cruz então
E bem no alto do morro
O Mundo teve o socorro
Ganhamos a salvação

Quem espera sempre alcança
O mundo da sua vorta
Um caminho é fechado
Deus sempre abre outra porta
Deus sabe o nosso querer
Vai sempre reto escrever
Mesmo se alinha for torta

Violeiro & Violeira Gerson Amaro


Violeiro & Violeira
Gerson Amaro

Mesmo que um dia separem
Viola e violeiro
Mesmo que seja na morte
No céu também tem guerreiro
A viola tá no céu
É um palpite certeiro
Se não tinha Deus Criou
Depois que por lá chegou
O mestre Tião Carreiro

Um violeiro de um lado
A violeira de outro
Duas violas distantes
Mas não impede o encontro
A viola sempre une
Sempre aumenta um ponto
Em todo lugar da terra
Este caipira não erra
Tem um violeiro pronto

Mesmo que um dia separem
Viola e violeiro
Mesmo que seja na morte
No céu também tem guerreiro
A viola tá no céu
É um palpite certeiro
Se não tinha Deus Criou
Depois que por lá chegou
O mestre Tião Carreiro

Viola  velha amiga
Viola minha companheira
Viola minha querida
Viola minha parceira
Viola a minha vida
Viola velha guerreia
Este caipira não erra
Este Duo a venera
Violeiro & Violeira

Mesmo que um dia separem
Viola e violeiro
Mesmo que seja na morte
No céu também tem guerreiro
A viola tá no céu
É um palpite certeiro
Se não tinha Deus Criou
Depois que por lá chegou
O mestre Tião Carreiro




Luiz Marcondes & Henrique Viola - Costume Caboclo Letra de Gerson Amaro


Mariano da Viola * Musica Arvore da Vida - Letra :Gerson Amaro


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Mercearia do Povo Gerson Amaro


Meu pai teve uma venda na pequena cidade de Lucianópolis (gralha) que sinto muita saudades ...

Mercearia do Povo
Gerson Amaro

Meu pai teve uma venda na pequena cidade de Lucianópolis (gralha) que sinto muita saudades ...

Mercearia do Povo
Gerson Amaro

O meu pai tinha uma venda
Eu era o entregador
Numa cidade pequena
São Paulo Interior
Eu tinha uma rural
Amarela como a flor
Uma Ford Sete Cinco
Que eu tratava com amor

Eu levava muitas compras
Nas fazendas que saudade
Um povo trabalhador
Onde fiz muita amizade
Que saudade deste povo
De toda sua   da humildade
Ganhei muitos pés de "arface"
Aprendi a simplicidade

Já encalhei em "areião"
Já atolei em barreiro
A caminhonete traçada
Me livrava o tempo inteiro
Mas quando não tinha jeito
De sair do atoleiro
Eu esperava o trator
Escutando  Tião Carreiro

Casa Luzo Brasileira
Foi este o nome primeiro
Mercearia do Povo
Da "Jura" e do "Ligeiro"
Mas o nome "Santo Amaro"
Foi o nome derradeiro
Da venda do seu Martins
E "Belmiro" pirangueiro

Presente que Deus nos fez Gerson Amaro



Presente que Deus nos fez
Gerson Amaro

As belezas do Brasil
Conto agora pra vocês
Eu não conto todas elas
Se não leva mais de um mês
Eu conto as que eu conheço
Com calma sem rapidez
Eu canto moda raiz
Pois amo o meu País
Presente que Deus nos fez

As águas do Iguaçu
Eu chorei que nem criança
As cataratas tão linda
Levo firme na lembrança
A água junto com o sol
Num prisma faz a mudança
Então me apareceu
Um Arco Iris Cresceu
De Deus a nossa aliança

Eu vi um Cristo tão Grande
Um Redentor bem gigante
Em cima de uma montanha
Num corcovado importante
Confesso também chorei
Lembrei de Deus neste instante
“Meus Pai olha que beleza
Seu Filho e  Mãe Natureza
Em harmonia constante”

Em Ouro Preto em Minas
Sua família é bem vinda
Eu me sentia em casa
Simpatia que não finda
Um povo hospitaleiro
Já planejei a revinda
As obras de “Aleijadinho”
Um homem e o seu caminho
Meu Deus que coisa mais linda

Meu Mato Grosso querido
Um estado sem igual
Eu fico maravilhado
E acho isso natural
A Onça e o Jacaré
Lá tem muito animal
Vivendo “sorto” no mundo
Com um amor bem profundo
Deus fez então o Pantanal

A beleza do Brasil
Eu já contei pra  vocês
Eu não contei todas elas
Se não leva mais de um mês
Eu contei as que eu conheço
Com calma sem rapidez
Eu canto moda raiz
Pois amo o meu País
Presente que Deus nos fez

quarta-feira, 1 de abril de 2015

De Londrina para o mundo Gerson Amaro (Homenagem)



De Londrina para o mundo
Gerson Amaro

Uma estrela lá no céu
Brilhou para nossa vida
Nossa vida é cantar
Esta estrada tão amiga
As histórias do vovô
Nos colocou nesta lida
Vovô era um Carreiro
Nosso vovô violeiro
Que história mais bonita

Eu acredito no amor
Quem é que não acredita?
Nóis ama tocar viola
Nossa paixão preferida
A viola não magoa
Ela não causa ferida
Por isso nosso respeito
Trazendo ela no peito
Eu te amo minha querida

Somos Vitor e Vinicius
De Londrina para o mundo
Este é o nosso sonho
Nosso sonho mais fecundo
Defender a tradição
Não esquecer um segundo
Lá no céu nosso guerreiro
Vovô nosso companheiro
Nosso amor mais profundo

Fazemos a despedida
Deste pagode ligeiro
Agradeço a Deus do Céu
E a este povo parceiro
Somos Vitor e Vinicius
Na vida dois violeiros
O Nosso muito obrigado
Já demos nosso recado
E um viva a Tião Carreiro


Oito Meses Gerson Amaro


Oito Meses
Gerson Amaro

Eu andei muito na vida
E ainda estou andando
Na estrada tão comprida
Minha Vida vou levando
As vezes terra batida
Outra o asfalto queimando
Eu sou andante no mundo
Pra outros sou vagabundo
Que sempre está mendigando

Eu ganho minha comida
E juro não peço nada
Nunca me fartou bebida
A água sempre foi dada
A providencia amiga
Sempre me foi ofertada
O céu vem me ajudando
Pela estrada vou andando
Sigo forte minha jornada

Carrego em meu emborná
Uma imagem querida
Pra uma promessa pagá
Na cidade Aparecida
Na cidade vou chegar
Com a alma agradecida
Pois um câncer foi curado
Oito meses foi andado
Minha  promessa cumprida

Eu agradeço agora
Meu Deus e nossa Senhora
A minha Compadecida