quinta-feira, 23 de abril de 2015

Moleque traquina Gerson Amaro

Moleque traquina
Gerson Amaro

Quando eu era pequeno
Era moleque e traquina
Eu gostava de aprontar
Ser criança é minha sina
Sete sete são quatorze
Nossa  escola ensina
Eu fiz uma confusão
Na beira do estradão
Que ninguém mais imagina

Eu voltava da escola
E na minha vó pernoitei
Dormi no quarto do tio
E de manhã acordei
Na beirada de sua cama
Foi então que avistei
Um maço de campeão
Cigarro nunca foi bão
Mas mesmo assim eu furtei

Mas um erro puxa o outro
E na consciência pesei
Se o meu pai me descobre
Com o cigarro que peguei
Era um fumo na certa
Em casa apanharei
Então deixei na estrada
Numa peroba fincada
Que no caminho encontrei

Então só por traquinagem
Um cruz eu desenhei
Em vorta do dito maço
Falso feitiço eu criei
Mas era de brincadeira
Esta ideia que tramei
Eu fui direto pra casa
Pois espeto não atrasa
Foi assim que eu pensei

No outro dia cedinho
Eu fui então pra colheita
O café era de a meio
Quase que uma empreita
já de longe  avistei
E fiquei só na espreita
O povo que conversava
Um feitiço que rondava
Uma macumba bem feita

O Fazendeiro nervoso
Quando viu este malfeito
Chutou o falso feitiço
E ficou meio sem jeito
Uma dor veio de encontro
Na cabeça e no seu peito
Veja a mente da pessoa
Sua saúde tão boa
Ficou doente ,o sujeito

Foi então que avisei
O malfeito  enganoso
Eu disse que tinha sido
Só um moleque teimoso
Eu tinha feito o errado
Não fui menino zeloso
O povo até hoje conta
Pois eu levei uma bronca
E este caso foi famoso

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