segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

1000 postagens

 1000 postagens 

Gerson Amaro 


Não curte mais nada que eu posto 

Já me esqueceu eu aposto

E aquela conversa ?  Que eu era... Diferente e coisa e tal ?


Não vê mais as minhas postagens 

As indiretas nas minhas imagens 

E aquela promessa 

Que eu seria, um amigo especial 


E aos poucos acabou ...

E aos poucos me esqueceu ....


Agora onde anda por aí ?

Fiquei sem saber pra onde ir ...

Se acaso lembrar do trouxa aqui 

Saiba que eu ainda não esqueci 

Escrevo pensando em você 

As mesmas indiretas pode crer 

Se caso um dia voltar 

Vai ter mais de 1000 postagens 

Pra lembrar ...

Que eu não esqueci ...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Adoçando a Saudade

Adoçando a saudade

Gerson Amaro/ Renan Pé de Vento  


Minha mãezinha 

Hoje estou visitando 

Fazia tempo que eu não vinha mais 

Ela com seus oitenta e poucos anos

E seu semblante me passando a paz 

Sabedoria nos ensinamentos 

Que a faculdade nunca ensinou 

Água esquentando os meus sentimentos 

Pra um café que nunca esfriou  


Um canecão daquele esmaltados 

Café passando em coador de pano

Na mariquinha ele tá pendurado 

Café e tempo sempre estão passando 


O cafezinho perfumando a casa 

Foi ela mesmo que ele torrou 

Aquele aroma fez mexer minhas asas 

E foi voando que o tempo voltou 

Numa travessa tem um pão cortado 

E a manteiga que ela bateu 

A bolachinha de nata do lado 

E de passado o peito estremeceu 


Um canecão daquele esmaltados 

Café passando em coador de pano

Na mariquinha ele tá pendurado 

Café e tempo sempre estão passando 


Então na mesa começa a prosa 

Sobre o passado que ela passou 

De o meu pai lhe dando uma rosa 

No dia que os dois se apaixonou 

Naquela mesa tá faltando ele 

Só a lembrança em ver o seu chapéu 

Hoje o café, esquentou a saudade

Daquele que hoje descansa no céu 


Um canecão daquele esmaltados 

Café passando em coador de pano

Na mariquinha ele tá pendurado 

Café e tempo sempre estão passando 


Minha mãezinha mora lá na roça 

Quero encurtar pra sempre esse café

Vou vir mais vezes, mesmo que eu não possa  

Com a carroça ou  viajando a pé 

Felicidade vejo em seu rosto 

De saber que o seu filho aqui voltou 

Aqui eu volto e com muito gosto 

Pois sou o tempo que ainda não passou 


Um canecão daquele esmaltados 

Café passando em coador de pano

Na mariquinha ele tá pendurado 

Café e tempo sempre estão passando