Quando escrevo, nem que seja só um pouco
O matuto e o caboclo , toma conta aqui de mim
Saio de um mundo , que sei que não me pertence
A caneta me convence escrever caipira assim
Não sou formado e nem tenho muito estudo
Mas aqui tenho de tudo , neste meu grande jardim
Cada poema cada frase escrevinhada
É uma flor por mim plantada , nesta imensidão sem fim
Mesmo na gota de uma chuva que vem vindo
Um trovão que vou ouvindo , eu me pego a escrever
Quase um vicio , falar de simplicidade
Mesmo que só a metade , que eu queria lhe dizer
Eu nem preciso que corrijam minha escrita
Tem até quem acredita que não sabia ao mesmo ler
Mas o caipira escreve e fala assim deste jeito
Reclama forte o meu peito , pois eu fiz por merecer
Dizem que sou , poeta compositor
Mas sou só um rimador , daquilo que escrevi
Eu não me sinto dono de nada que faço
Mas aceito seu abraço se caso lhe convenci
Minha verdade , sou somente um caipira
Quase tudo me inspira , nestes versos não menti
Seja bem vindo a meu mundo diferente
Minha verdade nunca mente , vou ficando por aqui
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