quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Zé da Viola - Gerson amaro



Zé da Viola - Gerson amaro ( Cururu ou moda de Viola)

Hoje conto aqui pra vocês
Uma historia de uma covardia
Neste mundo que só tem tristeza
Cada vez menos tem alegria
A maldade , feito cascavel
Sua presa ela até desafia
No seu bote ela se faz pequena
Sua mente , peçonha , envenena
Na grandeza , sua alma esvazia

Conhecido no oeste paulista
João Carranca dizia se o tal
Discutia com tudo e com todos
A maldade era seu natural
Arruma sempre pé de enguiço
Se sentindo sempre maioral
Mas Carranca tinha sua mentira
Não tocava viola caipira
Sua inveja era o seu grande mal

Um caboclo da roça e do mato
Com sua violinha vermeia
No domingo ele vinha pra missa
E tocava com amigo de a meia
Não sabia nem escrevinhá
Aprendeu viola de oreia
Caboclo na fazenda afamado
Zé da Viola ele era chamado
Sua vida , de amigo era cheia

A historia do João com maldade
A historia do  Zé Inocente
O João com sua covardia
E inveja de não ser contente
Foi roubar a viola do Zé
Um coitado amigo da gente
“Se eu não toco,não toca ninguém
Se alguém acha que não convém ...
O meu trinta responde urgente “

Pobre Zé sem a sua viola
Então sem a sua companheira
Foi pra luta sem muito sentido
Sua luta foi a derradeira
João Carranca lhe deu quatro tiros
Um dos tiros pegou na dedeira
Captura chegou atrasada
Zé da viola e sua vida roubada
Numa triste , treze , sexta feira

João Carranca morreu na cadeia
Pro inferno ele foi condenado
Não se mata um pobre inocente
Zé da Viola era puro e coitado
Hoje diz que até faz milagre
Seu cantinho é muito visitado
No céu hoje a viola é presente
Zé da Viola toca eternamente
Com a vermeia ele foi enterrado

Nenhum comentário:

Postar um comentário