quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A VORTA QUE DÁ O DITADO (GERSON AMARO) MODA DE VIOLA

A VORTA QUE DÁ O DITADO (GERSON AMARO) MODA DE VIOLA

A VORTA QUE DÁ O DITADO
GERSON AMARO

O mundo da muitas voltas
Já dizia o ditado
Porco fingi de leitão
Pra pode mamar deitado
Esta historia que eu conto
Eu não aumento um ponto
De um patrão e um empregado

Quem com o seu ferro fere
Amanhã será ferido
Troco o amigo cachorro
Por um cachorro amigo
O patrão só judiava
Do empregado mangava
Um patrão muito atrevido

Aquele que tem amigo
Não morre numa cadeia
Já ouvi muito pagode
Falando que a coisa é feia
Mas feio fez o patrão
Que na fazenda então
Brigava vorta e meia

Mas aqui na nossa terra
Tudo que vai sempre vorta
O patrão mandou embora
Numa conversa bem torta
Para não sair bem brigado
disse então o empregado
“Sempre Deus abre outra porta”

Aquilo que arde cura
Ele aprendeu a lição
Trabalhou de sol a sol
Juntou bastante tostão
Voltou naquela fazenda
Onde teve a contenda
Comprou ela do patrão

O patrão endividado
Vendeu ela baratinho
E virou então empregado
Daquele moço bonzinho
Com tempo tudo se cura
Barriga não é fartura
Ele aprendeu rapidinho

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