MENTIRÃO – Alexandre Sabater/ Gerson Amaro
Um sujeito mentiroso
Mas querido do povão
Pra ele contar mentira
Era quase profissão
No lugar que ele chegava
Já causava confusão
Todo mundo conhecia
Famoso na região
A coroa ninguém tira
Ele era o rei da mentira
Conhecido mentirão
A fama de mentiroso
Pra todo lado espalhou
Numa cidade distante
Notícia também chegou
Que para contar a mentira
Ninguém com ele igualou
Apareceu um sujeito
Que logo não concordou
Eu vou atrás do peão
E mostrar pro mentirão
Que o campeão eu que sou...
Como a distância era longe
Viajou por muitos dias
Só para bater de frente
E saber quem mais mentia
Um combate de engano
Esse encontro seria
Desafiante chegou
Na hora que escurecia
Querendo mostrar o valor
Na porta ele chamou
E um menino que atendia
“Eu busco um mentiroso
Que se diz ser majestade
Sou contador de mentiras
Deixo ele na saudade
Sou inteiro mentiroso
Ele não é nem metade
Ninguém nunca me enganou
Não caio nesta maldade
Quero então já conhecer
O cabra que vai perde
Quando eu disser a verdade
O menino que atendia
Logo então foi falando
“Ele saiu bem cedinho
Pois hoje esta trabalhando
Ele é cientista famoso
Sentado pode ir esperando
Fazendo experiência
Duas espécie ta cruzando
Vaga-lume e abelha
Criou a raça “vaguelha”
Que trabalha iluminando
O rumo desta conversa
Foi a prosa derradeira
O menino era o rei
De toda essa brincadeira
Mentira tem perna curta
Uma prosa verdadeira
O sujeito foi embora
Levando sua poeira
Dizia ser majestade
Mas metade da verdade
É sempre mentira inteira
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