Mais uma história me passada por um amigo da "4ª Idade" que virou um poema em 2015... Como gosto de fazer poema sobre simplicidade ...
Primeiro Terno
Gerson Amaro
Eu tinha dezoito anos
E de meu papai ganhei
Uma roupa muito linda
Quase não acreditei
Uma calça e paletó
Um colete também “vei”
Era manhã de inverno
Ganhei o primeiro terno
Presente que falarei
Eu andava bem vestido
Nas missas eu muito usei
Era coisa de bacana
Eu já me sentia um rei
Tomava muito cuidado
Presente que eu cuidei
Em uma data especial
Na véspera de Natal
Com este terno me casei
E nem só de alegria
A minha vida eu trilhei
Eu tive muitas tristezas
Todas elas eu passei
Um dor muito sofrida
De terno acompanhei
Eu usei na despedida
Na derradeira partida
De papai que tanto amei
Meu terno hoje guardado
Lembrança que aqui lembrei
Estou velho aposentado
Já muito que descansei
Eu moro no meu sitinho
Meu destino eu aguardei
Serás último e primeiro
Pois no meu dia derradeiro
Meu terno lhe usarei
www.gersonamaro.com
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