quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Sodade Danada Gerson Amaro


Sodade Danada Gerson Amaro

Eu sou caipira e sou do mato adentro
Por momento vou lhe explicar
Que a saudade é um advento
Que só o tempo pode então matar
A minha terra é o meu chão batido
Bate comigo, no mesmo pulsar
Cheiro de terra fértil e tão prenha
Fogão de lenha para me esquentar

Café passado e o cheiro presente
Futuro a frente pra modi pensar
Essa sodade danada de grande
O peito expande querendo voltar

Enquanto espero a dose de coragem
Faço passagem com meu violão
Num dedilhado vejo até a imagem
e uma friagem nos dedos da mão
Minha saudade é santa e é caipira
E me inspira mais uma canção
Eu fecho os olhos e fico pedindo
Deus me ouvindo numa oração

Café passado e o cheiro presente
Futuro a frente pra modi pensar
Essa sodade danada de grande
O peito expande querendo voltar

Uma cachaça e um quinado amargo
Diz que meu fardo nem é tanto assim
É que a saudade toda noite brilha
Radio de pilha vem logo por fim
E numa moda eu viajo de volta
Abro a porta , porteira pra mim
Pois na cidade sou mais uma rosa
Em uma prosa longe de um jardim

Café passado e o cheiro presente
Futuro a frente pra modi pensar
Essa sodade danada de grande
O peito expande querendo voltar

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