quinta-feira, 18 de abril de 2019

Pagode do Pobre Gerson Amaro



Pagode do Pobre
Gerson Amaro

Casa de pobre,
Tem jeito não
Morre a toalha,
Nasce um pano de chão


O mundo é reciclável
Sou pobre e já sabia
Filtro velho vira vaso
Vaso velho é bacia
Sabonete ajuntado
Para da banho na família
Canto com minha viola
Saco de arroz é sacola
Vai pra escola noite e dia

Casa de pobre,
Tem jeito não
Morre a toalha,
Nasce um pano de chão

Jornal não da mais noticias
Vira embrulho é certeiro
Óleo velho é sabão
O carvão pra tirá cheiro
A sandália havaiana
Tem um prego pelo meio
A viola ponteando
Amigo tão reciclando
Tem sabugo no banheiro

Casa de pobre,
Tem jeito não
Morre a toalha,
Nasce um pano de chão

Terminei esse pagode
Reciclei a melodia
Eu peguei sua atenção
Usei de sabedoria
O mundo que tem tristeza
Eu reciclo em alegria
A viola é que transforma
Meu pagode não reforma
Moda boa contagia

Casa de pobre,
Tem jeito não
Morre a toalha,
Nasce um pano de chão

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