segunda-feira, 22 de maio de 2017

O paladar do caipira / Gerson Amaro

O paladar do caipira / Gerson Amaro


Eu já rimei muita moda nesta vida
Muita historia envolvida, muita coisa pra rimar
Eu falo sempre tudo àquilo que me inspira
Falo sempre do caipira , e vou sempre me lembrar
Eu não me esqueço de rimar sua verdade
Sua fé sua vontade , desde o seu levantar
Hoje então falo aquilo que nunca disse
Diferente da mesmice , falo do seu paladar


Qual é o gosto que remete a saudade?
Cheira a simplicidade, lembra sempre de um lar
O cafezinho do caipira é diferente
A sua mesa nunca mente , pode me testemunhar
Tem pão caseiro , e bolachinha de nata
Tem até ovo de pata , e leite pra misturar
Tem uma coisa que não tem lá na cidade
Uma certa humildade , que faz meus olhos chorar


O seu almoço, é um sempre uma fartura
A palavra é mistura , que meus versos vão contar
Tem carne assada , que na banha é mergulhada
Numa lata bem guardada , para o gosto então pegar
Lá tem torresmo , um franguinho bem caipira
Mas também tem cambuquira , que a roça faz brotar
A sua horta é sua maior riqueza
Natureza esta na mesa , um costume salutar


Chega o domingo , o caipira se reúne
Sempre foi o seu costume , a família se ajuntar
Na sua mesa tem bem mais que a comida
A família é reunida , é dia de descansar
Todos reúnem , pra juntos fazer pamonha
A vozinha tão risonha , quer também nos ajudar
A alegria é o que aqui nóis mais consome
Não importa o que se come , mas sempre seu paladar

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