O paladar do caipira / Gerson Amaro
Eu já rimei muita moda nesta vida
Muita historia envolvida, muita coisa pra rimar
Eu falo sempre tudo àquilo que me inspira 
Falo sempre do caipira , e vou sempre me lembrar
Eu não me esqueço de rimar sua verdade
Sua fé sua vontade , desde o seu levantar
Hoje então falo aquilo que nunca disse 
Diferente da mesmice , falo do seu paladar 
Qual é o gosto que remete a saudade?
Cheira a simplicidade, lembra sempre de um lar
O cafezinho do caipira é diferente 
A sua mesa nunca mente , pode me testemunhar 
Tem pão caseiro , e bolachinha de nata 
Tem até ovo de pata , e leite pra misturar
Tem uma coisa que não tem lá na cidade 
Uma certa humildade , que faz meus olhos chorar
O seu almoço, é um sempre uma fartura 
A palavra é mistura , que meus versos vão contar
Tem carne assada , que na banha é mergulhada 
Numa lata bem guardada , para o gosto então pegar 
Lá tem torresmo , um franguinho bem caipira 
Mas também tem cambuquira , que a roça faz brotar
A sua horta é sua maior riqueza 
Natureza esta na mesa , um costume salutar 
Chega o domingo , o caipira se reúne 
Sempre foi o seu costume , a família se ajuntar 
Na sua mesa tem bem mais que a comida
A família é reunida , é dia de descansar 
Todos reúnem , pra juntos fazer pamonha
A vozinha tão risonha , quer também nos ajudar 
A alegria é o que aqui nóis mais consome 
Não importa o que se come , mas sempre seu paladar 
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