Mesmo na eternidade/ Gerson Amaro
Olhei no espelho e vi um rosto diferente
Não é que a gente , envelhece de verdade ?
Eu vejo rugas e cabelos branqueando
Tempo passando , transformado em saudade
Eu já não corro e nem pareço um menino
Mas o destino não me tira a vaidade
Eu não sou velho , sou como vinho famoso
Que tão gostoso melhora com sua idade
Na minha idade eu não conto mais os anos
Agora os planos são contar as amizades
Pois um amigo vale mais que um tesouro
E todo ouro que tem a humanidade
Se tenho amigos tenho tempo me sobrando
E vou juntando anos de maturidade
Meu coração não cria rugas ou espinhos
Os meus caminhos são só de tranquilidade
E quando eu pego minha caneta já cansada
E bem molhada com tinta na extremidade
Vejo que a tinta velha está terminando
Sempre rimando ,foi a sua finalidade
Eu sou a tinta e minha vida é o papel
Terei o céu se de Deus for a vontade
Lá minha caneta não vai nunca terminar
Eu vou rimar até na eternidade
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