terça-feira, 23 de maio de 2017

LÁ DO TEMPO DOS AGAIS Gerson amaro



LÁ DO TEMPO DOS AGAIS
Gerson amaro

Ainda vejo uma boiada passando
E a poeira levantando pela beira da estrada
Ainda vejo um carreiro carreando
Com seu berrante tocando e chamando sua boiada
Ainda vejo comitivas preparando
Apiando e descanso da sua nobre jornada
Ainda vejo e pode acreditar
Não é mentira o que eu vim lhe contar
Essa historia que pra mim ficou marcada

Ainda vejo dupla boa de viola
Que a saudade me controla Tião carreiro e Pardinho
Ainda vejo dupla boa de verdade
Que me mata a saudade o Jacó e Jacozinho
Ainda vejo quando uma viola contente
Com o rei a sua frente Bambico com seu jeitinho
Ainda vejo e pode acreditar
Não é mentira oque eu vim aqui falar
Essa historia que eu conto com carinho

Ainda vejo tão bela a natureza
Olha só quanta beleza os passarinhos cantando
Ainda vejo e sinto um arrepio
Quando vejo pelos rios os peixinhos lá nadando
Ainda vejo e lhe digo com emoção
vendo a rosa em botão , a terra se amando
Ainda vejo e pode acreditar
Não é mentira oque eu vim aqui falar
Essa historia que aqui vou ensinando

Ainda vejo mas de um jeito diferente
Pois o passado não mente e não é presente mais
E o futuro que vem sempre pela frente
Muda a vida da gente , as vezes até demais
Hoje sou cego mas tenho em minha mente
Eu guardo muito contente , e não esqueço jamais
Ainda vejo e pode acreditar
Não é mentira o que eu vim aqui falar
EU SOU CAIPIRA LÁ DO TEMPO DOS AGAIS

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