sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Nem de entrada Gerson Amaro

Nem de entrada
Gerson Amaro

Eu estava num rodeio
Só pra ver touro pulá
Pra ver os peão vencer
Oito segundos pará
Mas chegou um arrepiado
Querendo desafiá
A conversa sem noção
Falava de ostentação
Olha só onde foi dá

Arrepiado de cabelo
Amarelo feito louro
Foi mostrando um relógio
Falando que era de ouro
Ostentava umas correntes
Dizendo ser seu tesouro
Ouro e prata não é nada
Pois  não dá nem de entrada
Na minha bota de couro

Então ele veio brabo
Me mostrando seu carrão
Um carro até bunito
Rebaixado até o chão
Parecia uma boate
Com som alto e ilusão
Mas seu carro não é nada
Pois  não dá nem de entrada
No meu belo alazão

Disse como ultimato
Olha só minha mansão
E mostrou alguns retratos
De um baita casarão
Com piscina e churrasqueira
Eu achei até que bão
Mas sua casa não é nada
Pois não da nem de entrada
Na fazenda sou patrão

Não adianta ter o ouro
Se não tem a humildade
Pra que todo seu tesouro ?
Se não tem simplicidade
Eu ostento na fazenda
Eu nem gosto da cidade
Sua ostentação não é nada
Pois não da nem de entrada
Na minha felicidade














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