Gerson Amaro
O sangue caipira é o suor em seu rosto
Que com muito gosto derrama no chão
Molhando a terra , salgando a vida
Colheita querida , sua plantação
Flagelo no sol um chapéu por coroa
Sua vida entoa mais uma canção
Mais uma medalha recebe o herói
Nenhum sal corroí este seu coração
Valente guerreiro com sua espada
A sua enxada , desbrava o sertão
Seu pobre castelo , sua nobre tapera
Mas uma quimera , bem mais que mansão
Sua humildade é seu maior escudo
Ele não tem tudo , mas não falta o pão
Que pede bem cedo , joelho dobrado
Pedido alcançado , em sua oração
O orvalho que molha a sua botina
Junto da neblina faz irrigação
Nuvens ordenhadas em chuva formando
Os raios piscando , seguindo um trovão
Quem sabe no alto , o céu se emociona
Deixe vir a tona a sua emoção
Pois quando Deus fez a sua semelhança
Deixou de herança um caipira então
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