Poemas & Modas Sertanejas de Viola simples , contando a simplicidade do Povo Sertanejo
domingo, 31 de maio de 2015
O Poeta Caipíra Gerson Amaro
O Poeta Caipíra
Gerson Amaro
A caneta é minha enxada
Que não para de roçar
A roça é Minha rima
E folha pra escrevinhar
Os pensamento coloco
Pra você se imaginar
Em todo o meu passado
De tanto ter trabalhado
Rimo só para descansar
A minha mão é pesada
Grossa para igualar
O cabo de uma enxada
Que fez ela engrossar
A ponta da minha caneta
É fina só pra rimar
Com a vida afinando
O caipira vai rimando
Rimo só para descansar
Na mesa que me apoio
Pra poder me expressar
Segura o peso do corpo
E o peso do meu sonhar
A mesa é de peroba
Para nunca desmanchar
Os meus sonhos são de aço
Esqueço o meu cansaço
Rimo só para descansar
A luz que me alumia
Me ajuda a enxergar
As letrinhas são pequenas
Na linha pra colocar
O sol que queimou minha pele
De tanto eu trabalhar
Trabalhei que nem um louco
Hoje descanso um pouco
Rimo só para descansar
Esse poeta é caipira
Com orgulho de falar
Os versos quem me inspira
Lembranças pra se lembrar
A minha vida na roça
Não foi sorte nem azar
Ser da roça ou poeta
Com enxada ou caneta
Rimo só para descansar
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