Poemas & Modas Sertanejas de Viola simples , contando a simplicidade do Povo Sertanejo
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Derradeiro Lar - Gerson Amaro
Apenas um poema ...para ser lido , declamado ... e memorizado
Hoje cedo eu acordei
Fui acordado pela saudade
De um tempo que se foi
Onde vivia a simplicidade
Eu morava na fazenda
Muito longe da cidade
Era uma colônia grande
Muita gente na verdade
Um monte de pé de café
E bastante humildade
Vivamos todos feliz
Assim como o caipira diz
Na mais pura felicidade
Não tinha coisa moderna
Era um tempo diferente
A gente se ajuntava
Os amigos e os parentes
Cantoria e violada
José cantava pra gente
Em baixo de pau dálho
Muito grande e imponente
Dona Maria então levava
Bolachinhas e chá quente
Era tudo mais que amigo
Uma família eu te digo
Todos juntos e contente
No dia de fazer compra
Era aquela alegria
Tudo em cima de um caminhão
Até mesmo quando chovia
Lá na venda a gente comprava
Sempre muita mercadoria
E vortava feliz pra casa
Já pensando no outro dia
Era muita união
Era um povo tudo irmão
De verdade uma família
Foi chegando o progresso
E tudo então foi mudando
Saiu casa popular
E a colônia foi acabando
Fomos os últimos a sair
Com o café , pasto virando
E no caminhão de mudança
Vi meu sonho se acabando
Coisa triste de se ver
Meu patrão então chorando
A fazenda foi vendida
Era um fim de uma vida
Pra cidade fui tocando
Aqui tudo é diferente
Hoje estou velho e crescido
O Povo não se junta mais
O povo não é mais amigo
É um tal de celular
Fica tudo desunido
Cada um em sua casa
Em um cômodo escondido
A noite as ruas escuras
São moradas de bandido
Eu fico com as lembranças
De nois tudo feito criança
Na fazenda tudo unido
Mas um dia tudo muda
Sei que existe outro lugar
Acredito muito no céu
E é la que quero morar
Lá no céu é que nem na fazenda
Todo mundo a se alegrar
Tem violada cantoria
E Nossa Senhora pra conversar
Eu aguardo bem ansioso
Por este lugar formoso
Meu derradeiro lugar
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