terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

DUAS MARMITAS - GERSON AMARO

DUAS MARMITAS
GERSON AMARO

Eu conto agora uma história
Peço que a turma permita
A história de duas mortes
Talvez ninguém acredita
Peço sua atenção
A história não é bonita
Um caso mais que famoso
A história de dois teimoso
Por causa de duas marmitas

Dois amigos muito unidos
Eu te digo é verdade
Passaram a vidas juntos
Infância e mocidade
Os dois eram bem unidos
Na bondade na maldade
Mas o tal dia chegou
A morte adiantou
Por uma infantilidade

Os dois "tavam" no serviço
Bem na hora do comida
O mais velho então disse
“Repare a minha marmita
Hoje eu eu abro a danada
Mistura não se repita
Se a mistura não mudar
Eu juro então me matar
Se for só batata frita"

O mais novo então disse
"Amigo eu digo assim
Eu já como faz um mês
Torresmo com aipim
Se a mistura não mudar
Eu prometo até pra mim
Prometo lhe acompanhar
Eu juro então me matar
Na vida então por um fim"

Vejam que ignorância
Dos  amigos  animais
Se mataram por comida
As misturas eram iguais
Se fossem amigos mesmo
Não morreriam jamais
Pra história ser bem bonita
Trocavam então a marmita
Por duas mortes fatais

Nenhum comentário:

Postar um comentário