VELHO GUERREIRO
Claudiomar Lisboa / Gerson AmaroCasinha na beira da estrada
Buscou hoje a recordação
Hoje lembro passado com ela
Recordando com muita emoção
Ao passar na porteira da vida
Vi tão logo minha certidão
Um engenho velho ali largado
Que hoje engenha só o meu passado
Esmagando o meu coração
Um arado de boi então vi
Tiradeira de pau e pereiro
Vi um carro de boi ao seu lado
Com a canga e canzil estradeiro
Via brocha de couro jogada
Vi a mesa e o taboeiro
Eu lembrei meu papai com trançado
Eu com o rosto já meio molhado
Um lagrima caiu primeiro
Pro roçado então eu desci
Contemplei velho canavial
E a roça de milho plantada
Na infância era o nosso quintal
No chiqueiro tinha porco gordo
A fartura ali é normal
As galinhas e gado pastando
E sofrendo fiquei relembrando
Na cidade isso não é igual
O progresso alcançou a gente
Nois tivemo que adaptar
Foi comprado então maquinário
O presente teimou em chegar
O meu pai já está tão velhinho
Não aguenta com nois labutar
Mostrou os maquinário comprado
Filhos hoje te dou meu legado
Só me resta vocês encarar
Recebemos a melhor herança
Que o dinheiro não pode comprar
O suor de meu papai querido
Neste terra ele não vai deixar
Hoje os filhos assume o comando
O papai já pode descansar
Obrigado meu velho guerreiro
Tu pra sempre será o primeiro
Nesta terra nois vai labutar
Nenhum comentário:
Postar um comentário