segunda-feira, 2 de agosto de 2021

velho guerreiro

 VELHO GUERREIRO

Claudiomar Lisboa / Gerson Amaro

Casinha na beira da estrada
Buscou hoje a recordação
Hoje lembro passado com ela
Recordando com muita emoção
Ao passar na porteira da vida
Vi tão logo minha certidão
Um engenho velho ali largado
Que hoje engenha só o meu passado
Esmagando o meu coração

Um arado de boi então vi
Tiradeira de pau e pereiro
Vi um carro de boi ao seu lado
Com a canga e canzil estradeiro
Via  brocha de couro jogada
Vi a mesa  e o taboeiro
Eu lembrei meu papai com trançado
Eu com  o rosto já meio molhado
Um lagrima caiu primeiro

Pro roçado então eu  desci
Contemplei  velho  canavial
E a roça de milho plantada
Na infância era o nosso quintal
No chiqueiro tinha porco gordo
A fartura ali é normal
As galinhas e gado pastando
E sofrendo fiquei  relembrando
Na cidade isso não é igual

O progresso alcançou a gente
Nois tivemo que adaptar
Foi comprado então maquinário
O presente teimou em chegar
O meu pai já está tão velhinho
Não aguenta com nois labutar
Mostrou os maquinário comprado
Filhos hoje te dou meu  legado
Só me resta  vocês encarar

Recebemos a melhor herança
Que o dinheiro não pode comprar
O suor de meu papai querido
Neste terra ele não vai deixar
Hoje os filhos assume o comando
O papai já pode descansar
Obrigado meu velho  guerreiro
Tu pra sempre será o primeiro
Nesta terra nois vai labutar

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