quinta-feira, 27 de agosto de 2020

A viola o braço e eu

 A viola, o braço e eu 

Gerson Amaro / Luis Borges


Segura seu preconceito 

Que agora eu cheguei 

Preconceito não existe 

Na terra que me criei 

Me criei pelo sertão 

Sete léguas eu andei 

Agulha tem sua ponta 

Amigo não tome conta 

Da vida que eu trilhei


E foi num ajuntamento

Que esta prosa aconteceu

Violeiro afamado 

Meio que se intrometeu  

No meu braço carregarava

Desenho que era só meu 

A viola desenhada 

Com a tinta tatuada

A viola, o braço e eu  


Caipira que é caipira 

Não faz a tal tatuagem 

Assim vc envergonha 

Até mancha nossa imagem 

Eu tinha a reposta pronta

E usei de malandragem  

Amigo este desenho 

Tem a fé por seu empenho 

Já explico essa passagem 


Dou a minha explicação 

Não quero saber da tua

Amigo o que eu faço

Sob o sol e sob a lua 

E algo particular 

Cada um tem sua rua 

Dou resposta  atrevida 

Deus sempre deu dom da vida

Cada um cuida da sua


Segura seu preconceito 

Que agora eu cheguei 

Preconceito não existe 

Na terra que me criei 

Me criei pelo sertão 

Sete léguas eu andei 

Agulha tem sua ponta 

Amigo não tome a conta 

Da vida que eu trilhei

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