Na Base do Ditado
Gerson Amaro
“A esperança não morre
Assim diz a minha fé
Apressado come cru
E nem usa a colhé ( colher)
Eu empurro com a barriga
Seja o que Deus quizé ( quiser)
No pagode assim eu falo
Enquanto tiver cavalo
São Jorge não anda a pé “
“Prefiro andar sozinho
Do que mal acompanhado
Eu não quero ser o sujo
E tão pouco o mal lavado
Melhor um pardal na mão
Que um pombo no telhado
No pagode eu vim falar
Não adianta chorar
Sobre o leite derramado”
Somente uma andorinha
Nunca vai fazer verão
A tampa da minha panela
Esquenta minha paixão
A medida do amor
Só mede com coração
No pagode eu já digo
A força dos meus amigos
É quem faz a união
Se não cuidou da bezerra
Não chore a sua morte
O pau que nasceu já torto
Não tem quem o desentorte
O cachorro que só late
Com certeza nunca morde
Agradeço obrigado
Pois na base do ditado
Terminei o meu pagode
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