Zé Martins e Bene olha a moda que eu prometi ...
Defesa certeira
Gerson Amaro
Este caso que eu conto
Caso triste de cantar
A historia de um homem
Que nem gosto de falar
Eu só conto pois um conto
Só é conto se contar
Falo sempre de alegria
Minhas modas é poesia
Mas essa é de chorar
Na fazenda que eu morava
Tinha um homem reservado
Só tinha um apelido
E gostava do chamado
Era caçador de briga
Valente desarrumado
Seu nome não falo não
Falo de Chico Rojão
Apelido colocado
Na fazenda era comum
De domingo ajuntar
Depois de uma violada
Cachaça para tomar
Pinga só de garrafão
Lá na venda fui buscar
Mas chegou em nosso roda
Chico Rojão desta moda
Querendo se amostrar
“ Me de um gole de pinga
To com sede e é agora
Amanhã eu trago um litro
Me sirva já sem demora”
Mas na roda tinha Cido
Cido lá de Pirapora
“A cachaça é pros amigo
Se fosse para bandido”
Eu lhe dava nesta hora
“Olhe bem pra seu relógio
Me diga que horas são “
Perguntou aquele Chico
Sobrenome de Rojão
“Agora são cinco e quinze”
Disse Cido sem noção
“Amanhã no mesma hora
Tu vai ver Nossa Senhora
Eu te mato com um facão”
No outro dia no horário
Chico foi se achegando
Com facão bem amolado
Ele já ia gritando
“ Cade aquele safado?
Eu já quero ir matando”
Mas escutou um barulho
Antes de ter mais orgulho
No chão ele foi deitando
Um tiro de carabina
Saiu de trás da figueira
Cido tinha prevenindo
Não queria uma besteira
Mas puxou não teve jeito
A bala foi derradeira
E morreu Chico Rojão
Com seu sangue pelo chão
A defesa foi certeira
Cido então foi julgado
Preso lá em Pirapora
Cumpre pena de dois anos
Sua defesa foi na hora
Ele só se defendeu
Não levou uma piora
Cido disse acredite
“ Ninguém no mundo decide
Quando eu vou ver Nossa Senhora”
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