Vitória do Caboclo

Vitória do Caboclo
Gerson Amaro / Silvio Amaro

Eu sou caipira e minha mãe é a natureza
Minha certeza é que sou filho do sertão
A liberdade que tenho aqui no mato
Tá no olfato, no cofre de meu pulmão
Faço poesias pra encurtar essa saudade
Pois a metade é somente uma fração
Mas o inteiro eu carrego não tem jeito
Tá no meu peito dentro do meu coração

Eu sinto falta da cabocla do meu lado
De meu agrado , a gente era uma união
Mas a cabocla mora em outra fazenda
Amigo entenda a distância da questão
Então trabalho pra casar com a morena
Minha pequena, aguarda essa ocasião
Vamos casar quando vender minha colheita
Tudo se ajeita nesta próxima estação

E deste jeito vou levando a minha vida
Que tem subida e descida de emoção
Altos e baixos pela vida carreguei
Mas não larguei toda esta minha tradição
Então carrego a minha sina de caipira
Não é mentira a verdade do refrão
Eu fiz a rima e contei outra história
Pois a vitória do caboclo é sua canção

É isso

Caipira Eterno
Gerson Amaro

Quando eu morrer
Esqueçam de mim
Não pense que assim
Que estarei na tristeza
Quando eu morrer
Estarei bem feliz
Pois o céu assim quis
Esta é minha certeza
Tenham saudades
Isso sim vale a pena
A tristeza é pequena
Diante do amor
Serei então pleno
Sem nenhuma maldade
Se for a vontade
De meu criador
Então quando eu morrer
Leiam minhas poesias
Espalhem energias
Que aqui eu plantei
Que eu seja semente
Que eu seja um fruto
Um caipira e matuto
Eternamente eu serei
Caipira eterno
Caipira pra sempre
De alma inocente
De volta ao seu lar
Deixo então um pedido
Então façam assim
Quando chegar o meu fim
Me deixem só começar ...

Mais uma

Mais uma , anota aí ...
A coisa muda
Gerson Amaro/ Jacarandá

Eu sou de tempo muito diferente
De um passado que me bate a porta
O meu futuro está pela frente
O meu presente , é que me conforta
Mas o meu penso não muda o mundo
Pois todo penso para um lado entorta
Tudo se ajeita em menos de um segundo
Feito um anzol,  a fisga tá na volta

Eu bem pequeno escutava assim
Vai estudar se não a coisa engrossa
Se o estudo não chegasse a mim
Era enxada e tocar a carroça
Mas como disse um dia a coisa muda
E o salgado até do mar adoça
Hoje amigo quem não mais estuda
Não pode nem mais trabalhar na roça

A coisa muda como já cantei
Hoje a roça também já mudou
Aquele tanto que eu estudei
Doutor caipira a roça me formou
Tenho diploma , tenho doutorado
Sou diplomado pelo meu suor
Hoje pra roça , tem que ter estudo
Lá na cidade nem se tiver tudo
Consegue ser um bom trabalhador

Apenas um desafio recebido

Tesouro Guardado
Gerson Amaro

O vermelho da pitanga
O índio assim o chamou
Na caravela o homem
De novo o batizou
De um povo mais que guerreiro
Num barco se embarcou
Contraste no céu de anil
Vermelho do pau Brasil
Pro mundo então viajou

Levado se nossa terra
No mundo inteiro espalhou
No arco do violino
Muita moda se escutou
Na roupa virou a tinta
Que muita gente manchou
Nenhum rosto foi rubrado
Nosso vermelho roubado
Ninguém nem se desculpou

Foi quase extinto da terra
Na mata que o mar banhou
Pau Brasil hoje é guardado
E ninguém mais o derrubou
Hoje é bem protegido
Um tesouro se guardou
Um país de gratidão
Deu nome a nossa nação
Meu pagode ensinou

Sejam todos bem vindos ....

Novo Trabalho

https://youtu.be/vGRLWL5soxg

Zé do Ouro e Gerson Amaro , Prisão do Amor

Prisão do Amor
Gerson Amaro/ Zé do Ouro

Na cama,a fronha e o travesseiro tem o batom dela
Lembrança que ficou marcada quando aqui dormiu
Eu hoje choro de saudade e sofro por ela
Sentindo o seu cheiro a dor se aglomera Eu e o  travesseiro pois ela partiu

A noite quando vou dormir , abraço o travesseiro
E sinto então o seu perfume que por lá ficou
Agora me sinto sozinho e sou prisioneiro
Quero que este amor seja meu derradeiro
Porque foi seu cheiro que me aprisionou

Perfume e o batom dela/
Saudade de ser eu e ela , ainda não passou esse peito xonado hoje é sofredor/
Foi ela quem deu a centênsa ,e eu vivo essa decadência, se isso é viver não sei mas fui jogado ,na prisão do amor